O Passado e o Futuro são, respectivamente, tempo decorrido e a ser alcançado, mas, não haverá passado nem futuro sem presente. É o hoje que determina a importância do que se foi e a valorização do amanhã.
Quem não respeita o seu dia, vivendo-o instante a instante com dignidade, não terá passado nem futuro.
A vigilância constante é um sensor poderoso na formação do caráter, na conquista da dignidade, pois ninguém nasce bom ou mau. Dignidade não é produto acabado, estático; molda-se ao longo da vida, quando se aprende a respeitar para ser respeitado.
O primeiro mestre do indivíduo é a família; a escola apenas burila os ensinamentos ministrados pelos pais, em meio aos irmãos, tios e avós.
A religião não pode ser descartada, nem tão pouco o amor à terra; e na trilogia Deus, Pátria e Família estão os mandamentos para o alicerce do hoje, na dignificação do ontem e na glorificação do amanhã.
O nosso Sistema desestruturou a família que, na ânsia de defender o seu salário real, esqueceu a responsabilidade de educar, preocupando-se exclusivamente com o gerar filhos e abandoná-los à própria sorte.
O diálogo foi abolido da sociedade, a começar pelo lar. Pais e filhos só se encontram para discutir, ralhar, brigar. Não há amor, nem abnegação, absorvidos que estão na busca dos meios de subsistência.
Não se fala em Deus, nem em Pátria, muito menos na unidade da família. Sozinhos, carentes de afeto, os nossos jovens enveredam por caminhos tortuosos, procurando alívio para a ausência de afetividade nas drogas, no sexo desordenado, na corrupção dos costumes, provocando mortes inúteis, alienação, destruição, guerras e conflitos interiores, a decadência, a falência moral.
Uma reformulação de conceitos faz-se necessária, urgente, principalmente quanto à reaproximação entre pais e filhos, uma retomada de consciência no sentido de que gerar e parir implicam numa responsabilidade maior que é o educar, preparando os nossos jovens para uma sociedade mais justa e mais humana.
MARISA ALVERGA
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