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Evaristo
de Macedo
Ex-atacante do Fla, Barcelona e Real
Madrid
por Rogério Micheletti
Evaristo de Macedo Filho, o Evaristo,
ex-atacante do Flamengo, Barcelona e Real Madrid e um dos melhores jogadoresbrasileiros
em todos os tempos, também fez uma bonita carreira como técnico, encerrada em
2007.
No currículo, Evaristo tem oito títulos
baianos, quatro pernambucanos, um gaúcho, um Campeonato Brasileiro e uma Copa
do Brasil.
O último clube dele foi o Santa
Cruz-PE. O ex-treinador mora no Rio de Janeiro (RJ).
Nascido no dia 22 de junho de 1933, na
capital carioca, Evaristo começou a carreira de jogador no Madureira (RJ), em
1950. Dois anos depois, ele já estava no Flamengo, onde foi tricampeão carioca (1953,
54 e 55).
Vestindo a camisa do Fla, foram 182
jogos (101 vitórias, 35 empates, 46 derrotas) e 102 gols marcados (Almanaque do
Flamengo - Clóvis Martins e Roberto Assaf).
Evaristo de Macedo conseguiu a façanha
de se tornar ídolo de dois rivais na Espanha: o Barcelona, clube que defendeu
1957 a 1962, e do Real Madrid, de 1963 a 1965.
Pelo Barça, Evaristo ganhou vários títulos, entre eles os espanhóis de 1959 e 60 e a Copa da Uefa de 1958, 1959 e 1960. Além disso, o ex-atacante, habilidoso, foi o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão.
Pelo Barça, Evaristo ganhou vários títulos, entre eles os espanhóis de 1959 e 60 e a Copa da Uefa de 1958, 1959 e 1960. Além disso, o ex-atacante, habilidoso, foi o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão.
Pelo time merengue, Evaristo seguiu
ganhando títulos. Foram três campeonatos espanhóis: 1963, 1964 e 1965. Ainda em
1965, ele voltou ao futebol brasileiro e encerrou a carreira no
Flamengo.
"O torcedor brasileiro não tem
idéia de como o Evaristo de Macedo é idolatrado na Espanha. Foi, sem dúvida, um
dos maiores jogadores do mundo em todos os tempos", diz Roberto Dinamite,
ex-ídolo vascaíno e que teve rápida passagem pelo Barça.
Pela Seleção Brasileira, Evaristo de Macedo não teve muitas chances como jogar. Atuou em apenas 14 partidas e marcou oito gols. Detalhe: dos oito gols, cinco foram marcados em uma mesma partida.
No dia 23 de março de 1957, no Estádio Nacional, em Lima (PER), em partida válida pelo Campeonato Sul-Americano, o Brasil venceu a Colômbia por 9 a 0. Evaristo marcou cinco gols. Pepe, Didi (com dois) e Zizinho completaram o placar (fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf).
Como técnico, ele dirigiu importantes
equipes do futebol brasileiro. Algumas delas foram: Flamengo, Vasco da Gama,
Bahia, Grêmio, Corinthians, Vitória, Atlético Paranaense e Cruzeiro.
No Bahia, em 1988, ele viveu seu melhor
momento treinador. Ele dirigiu o time que foi campeão brasileiro. A
equipe-base do Tricolor baiano tinha: Ronaldo; Tarantini, João Marcelo, Claudir
e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil, Bobô e Zé Carlos; Charles e Marquinhos.
Pela Seleção Brasileira, Evaristo de
Macedo não teve muito sucesso. Dirigiu a equipe em 1985, pouco antes das
Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, no México.
Quem dirigiu o time canarinho naquele
mundial foi Telê Santana.
No Grêmio, ele foi campeão da Copa do
Brasil com o Grêmio, justamente sobre o Flamengo, clube que defendeu como
jogador.
Postado por Marisa Alverga
ADÍLIO DE
OLIVEIRA GONÇALVES
Adílio
de Oliveira Gonçalves nasceu no dia 15 de maio de 19556, no Rui de Janeiro.
Clube
de origem: divisões de base do FLAMENGO.
Estréia:
27.04.1975: Flamengo 2 X Rio Branco ( Amistoso em Vitoria – ES).
Época
no Flamengo: 1975 a 1987.
Jogos:
630
Gols
marcados pelo Flamengo: 129
Histórico: Adílio, o neguinho bom de bola, como
fora apelidado pelo radialista Waldyr Amaral,
definia bem o estilo de jogo do
apoiador. Muito habilidoso, era capaz de
driblar um defensor num espaço curto e sair com a bola dominada para concluir
uma bela jogada.
Ao
lado de Andrade e Zico, no Mengão formou um dos melhores meios de campo da história do Clube. Em 1986, passou a
jogar pela ponta esquerda, posição em que não se sentia à vontade, mas mesmo
assim foi nela que ajudou o time a conquistar o Campeonato Carioca do mesmo
ano. Alguns comentaristas asseguram que se fizesse carreira como ponteiro teria vida longa ma Seleção, onde
jogou apenas duas vezes, uma oficial, contra a Alemanha no Maracanã e outra
contra a Seleção Baiana, em Salvador (Jogo não oficial).
Pelo
Flamengo conquistou o tri campeonato estadual de 78 – 79- t9 (especial) e os estaduais de 81 e
86. Foi campeão do mundo em 81, tendo marcado um dos gols na vitória de 3x0
sobre o Liverpool e foi tricampeão brasileiro nos anos 80-82-83.
Postado por Marisa Alverga
MOZER
JOSÉ CARLOS NEPOMUCENO nasceu no Rio de janeiro, a 19.09.1960, jogava na
posição de Zagueiro, veio da divisão de base do Flamengo e estreoou no dia
13.07.1980, no jogo Flamengo X Fluminense, pela Taça Guanabara, ganhando o
FLAMENGO por 2 x 0.
Marcou 23 gols pelo Flamengo.
MOZER foi um dos melhores Zagueiros da história do Flamengo. Combinava
virilidade com técnica, coisa rara para um Zagueiro e, sua boa
estrutura (1:84m) facilitava a impulsão, dando-lhe amplo domínio nas
jogadas aéreas. Também se destacava nas cobranças de faltas, com chutes
potentes e quase sempre com direção certa.
Jogando ao lado de grandes craques como Zico e Adílio, conquistou vários
títulos para o Flamengo, como o Campeonato Brasileiro de 1983, o qual se
registrou a maior goleada rubronegra sobre o Corinthians.
Defendeu a equipe da Gávea de 1980a 1986, participando de títulos importantes
como os cariocas de 81 e 86, os Brasileiros de 80, 82 e 83, a
Libertadores de 81 e o Mundial de 81.
Nas suas 34 partidas pela Seleção Brasileira, disputou a Copa do mundo de
90. Brilhou também no Benfica, Clube em que atuou de 86 a 91 e de 93 a 96 e
teve uma pequena passagem pelo Olympique de Marselha, entre
91 e 93.
Postado
por Marisa Alverga
ZIZINHO
Thomas Soares da Silva nasceu em Niterói – RJ -
a 14 de setembro de 1921 e jogava na posição de atacante.
Clube
de origem: Divisões de base do Flamengo e estreou jogando contra o Independente
da Argentina no dia 24 de dezembro de 1939.
Permaneceu
no Flamengo de 1939 a 1950; Participou de
318 jogos, sendo187 vitórias, 56 empates e 75 derrotas e marcou 145 gols pelo FLAMENGO.
Zizinho
foi o primeiro grande n9me do primeiro tricampeonato (1942 43 – 44) e nesse
sentido foi mais importante no Flamengo
do que Leônidas. Fluminense de São Gonçalo, Thomas Soares da Silva e com todos
os méritos, Mestre Ziza para a torcida. Nasceu em 1921 e aos eis anos perdeu o
pai que era um apaixonado por futebol.
Aos
13 anos foi obrigado a trabalhar para ajudar a mãe na educação das irmãs. Mesmo
trabalhando, nunca deixou de tentar o futebol. No América não o deixaram
treinar. Conseguiu uma recomendação para co Flamengo em 1939 e com, o primeiro
teste foi logo contratado. Tinha 18 anos e nem acreditava que iria jogar num
time com Valter. Yustrich, Domingos da Guia, Valido e Leônidas.
Entre
tantas marcas de sua carreira de crack, está a frase do jornalista italiano Giordano Falttari, da Gazetta della
Sport, que veio ao Rio cobrir a Copa de
50 e disse sobre Zizinho: “Seu futebol faz recordar o Mestre Leonardo da Vinci
pintando alguma obra rara”. Nenhum exagero. Mestre Leonardo da Vinci e Mestre
Ziza, dois gênios em artes diferentes.
Postado por Marisa Alverga
Domingo Antonio da Guia nasceu no Rio de Janeiro a 19 de novembro de 1912, estreou no Flamengo no dia 16 de agosto de 1936, onde permaneceu até 1943, sempre na posição de Zagueiro. Participou de 223 jogos, sendo 138 vitórias, 46 empates e 39 derrotas.
Domingos
da Guia foi um dos mais completos zagueiros do futebol mundial de todos os
tempos. Ficou marcado pela categoria com que dominava a bola na defewsa
brasileira, numa época em que seus companheiros
de posição privilegiavam a chamada “BOLA PARA O MATO”. Com estilo clássico, aos
vinte anos já era conhecido como “O DIVINO MESTRE”, apelido que lhe foi dado
pelos uruguaios, no período em que defendeu o Nacional de Montevidéu.
No
ano de 1937, vestindo o Manto Sagrado, a torcida Rubro-Negra viu Domingos da
Guia viver os melhores momentos de sua carreira, atuando ao lado de grandes
jogadores como Leônidas da Silva. Sagrou-se Campeão Estadual do Rio de
Janeiro pelo FLAMENGO em 1939, 1942 e
1943.
Estreou
na Seleção Brasileira em 1938 quando se tornou mundialmente conhecido, sendo um
dos responsáveis pela conquista do terceiro lugar, melhor colocação brasileira
em copas até aquele momento.
DOMINGOS
DA GUIA foi um dos maiores zagueiros que o mundo viu jogar.
Postado por Marisa Alverga
LEÔNIDAS DA SILVA
Nascimento: 06.09.1913
Local: Rio de Janeiro
Posição: Atacante
Clube de origem: São Cristóvão-RJ
Estréia no FLAMENGO: Flamengo 2 X 4 América (18.07.1936
Época no FLAMENGO: de 1936 a 1941
Jogos: 179 (113 vitórias, 30 empates, 36 derrotas)
Gols marcados pelo FLAMENGO: 142
Histórico:
Carioca de São Cristóvão, jogou bola desde menino nos terrenos baldios de seu bairro. Com 13 anos foi jogar nos juvenis do São Cristóvao e logo chegou ao Bonsucesso, onde se projetou. No anos seguintes, já estava na Seleção e fez os dois gols na vitória do Brasil sobre o Uruguai (2x1), então campeão Olímpico e Mundial, pela Copa Rio Branco. Aos 19 anos, foi contratado pelo Nacional de Montevidéu.
Seu futebol era espetacular, ágil, vistoso. Inventor da bicicleta – tida como a jogada de gol mais bela – Leônidas ganhou o apelido de “Diamante Negro” e até hoje alguns contemporâneos seus mais exaltados com evidente exagero que ele foi tão bom quanto Pelé. Em 1934, após grave contusão, voltou para o Brasil e jogou três meses pelo Vasco. Disputou a Copa de 1934 na Itália e fez o gol do Brasil (Espanha 3 x 1 Brasil), único jogo da Seleção eliminada com a derrota.
No ano de 1936, chega à Gávea onde iniciou a fase mais brilhante de sua carreira. Em 1939, quando o FLAMENGO foi Campeão, dizia-se que as três pessoas mais populares do Brasil eram o Presidente Getúlio Vargas, o cantor Orlando Silva e Leônidas da Silva.
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Numa partida de futebol soçaite, o jornalista Armando Nogueira não dava a bola a ninguém, insistindo em dribles desnecessários e acabou levando uma bronca de Mané Garrincha:
- Pare de driblar, Armando!
- Logo voê reclamando de quem dribla? - protestou o jornalista.
- Mas eu sei, né? retrucou Garrincha ainda na bronca.
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A primeira invasão de campo na história do Futebol carioca aconteceu em 1915, num Fla-Flu, depois que o árbitro mandou o Flamengo cobrar de novo um pênalti, sob a alegação de que o famoso Marcos Mendonça se mexera antes da cobrança. E quem comandou a invasão, de bengala em riste, fraque e colarinho virado, foi o titular da cadeira dois da Academia Brasileira de Letras, o eminente escritor Coelho Neto.
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O empresário José da Gama é o responsável pela mais longa excursão de um clube brasileiro: esteve seis meses rodando o mundo com o Madureira.
Houve jogador que chegou a esquecer onde morava, já que não dava para escrever e muito menos receber cartas.
Mas não foi só de bola que viveu o Madureira nesse meio ano. Em Hong Kong, sem conseguir adversário, Gama - acostumado com a batucada dos jogadores - resolveu transformar o time num conjunto de samba:" OS BRAZILIAN'S CARNIVAL". O sucesso foi tão grande que Zé da Gama não quis mais saber de futebol. Dali em diante, o Madureira andou por teatrsos e cabarés, dando shows de samba, colhendo aplausos e sendo pago a peso de dólares.
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UMA FORÇA DA NATUREZA
“Como o poeta, tocado por um anjo, como o compositor seguindo a melodia que lhe cai do céu, como o bailarino atrelado ao ritmo, GARRINCHA joga futebol por pura inspiração”
Paulo Mendes Campos
Driblar, tendo pernas tão tortas – e driblar como ninguém – eis um mistério de Garrincha que eu não ouso explicar;
Driblar, tendo uma perna mais curta que a outra – e driblar como ninguém – eis um mistério de Garrincha que tu não ousas explicar;
Driblar, tendo um desvio da espinha dorsal – e driblar como ninguém- eis um mistério de Garrincha que ele não ousa explicar;
Driblar, tendo a bacia deslocada no sentido oposto ao desalinho das pernas – e driblar como ninguém – eis um mistério de Garrincha que nós não ousamos explicar;
Driblar, quase sempre para o mesmo lado, repetindo o gesrto mil vezes para mil vezes afirmar-se negando o próprio conceito de drible – eis um mistério de Garrincha que não ousais explicar.
Driblar como já o vi driblar, tendo o ombro enfaixado, o braço imobilizado, a clavícula quase quebrada – e driblar como ninguém - eis um mistério de Garrincha que eles não ousam explicar.
Driblar – e driblar com tanta graça e naturalidade – eis um mistério de Garrincha que só Deus pode explicar.
Do livro NA GRANDE ÁREA , de ArmandoNogueira
Postado por Marisa Alverga
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COPA DO MUNDO FIFA DE 1930 :
A COPA DO MUNDO FIFA foi a primeira COPA DO MUNDO de Futebol. Foi sediada no Uruguai, no período de 13 a 30 de julho de 1930.
A FIFA escolheu o Uruguai como sede numa conferência em Barcelona, em 18 de maio de 1929 pois o país celebraria o centenário de sua independência e a Seleção Uruguai de Futebol vinha de dois títulos olímpicos.
Treze equipes participariam: Nove das Américas e quatro da Europa. Poucas equipes européias decidiram participar por causa dos custos e da duração da viagem.
As duas primeiras partidas da história da Copa do Mundo ocorreram simultaneamente e foram vencidas pela França e pelo Estados Unidos, que bateram respectivamente o México por 4 x 1 e a Bélgica por 3 x 0.
O primeiro gol das Copas foi marcado por Lucien Laurent da França. Na final, o país sede e favorito Uruguai bateu a Argentina por 4 a 2 em frente a uma torcida de 93.000 pessoas e tornou-se a primeira a vencer uma Copa do Mundo.
Uma briga entre cartolas paulistas e cariocas impediu que a Seleção brasileira levasse sua força máxima ao Mundial. Um único paulista, Araken, integrou a delegação.
Países participantes da 1ª Copa do Mundo: Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Chile, Estados Unidos, França, Iuguslávia, México Paraguai, Peru, Romênia e Uruguai.
Todas as partidas foram disputadas na capital, Montevidéu. Três estádios foram utilizados: o Estádio Centenário, o Estádio Pocitos e o Estádio Parque Central.
O Centenário, com capacidade para 100.00 pessoas, foi construído especialmente para a Copa do Mundo. Seu nome vem da celebração do centenário da independência uruguaia. Foi o principal estádio da Copa, sendo apelidado por Jules Rimet de “O TEMPLO DO FUTEBOL.” O estádio abrigou dez das dezoito partidas do Mundial, incluindo as semifinais e a final.
O restante das partidas foi disputado em pequenos estádios freqüentemente utilizados pelos clubes de futebol de Montevidéu: O Parque Central e o Pocitos, com capacidade máxima para 20.000 pessoas.
A 1ª Copa do Mundo FIFA foi a única sem Eliminatórias
O marcador do primeiro gol da história das Copas, Lucien Laurent diria depois: “Estávamos enfrentando o México e estava nevando, uma vez que era inverno no hemisfério sul. Um dos meus colegas de time cruzou a bola e eu segui seu caminho cuidadosamente, dando um voleio com meu pé direito. Todos ficamos felizes mas não ficamos rolando pelo chão – ninguém percebeu que estávamos a fazer história. Um rápido aperto de mãos e voltamos pro jogo. E não houve nenhum bônus; éramos todos amadores àquela época”.
CURIOSIDADES – 1ª COPA DO MUNDO
- Quando a Imprensa elegeu o time combinado perfeito do Mundial de 1930, apenas um brasileiro entrou para a lista: Fausto.
- O 1º jogador a perder um pênalti em Copas do Mundo foi o chileno Carlos Vidal, no jogo entre Chile e França.
- João Coelho Neto – o Preguinho – marcou o primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo. Foi no jogo contra a Iuguslávia quando o Brasil perdeu de 2 x 1. Ele era filho do escritor Coelho Neto.
- Veloso foi o primeiro goleiro a defender um pênalti em Copas do Mundo. No segundo jogo do Brasil contra a Bolívia, que terminou com vitória brasileira por 4 x 0.
- Em entrevista a um jornal uruguaio após a Copa, o Presidente da FIFA, Jules Rimet, disse que o Mundial seguinte seria realizado somente em 1938 e que o Uruguai seria campeão do Mundo por oito anos.
Para 1934, a Fifa organizou uma fase classificatória, já que o torneio já começava a despertar grande interesse. A escolha dos 16 participantes foi definida através de uma fase eliminatória. Como as principais seleções da Europa não quiseram participar do Mundial de 1930, o Uruguai deu o troco e decidiu não ir à Itália.
A fórmula de disputa foi alterada em relação à primeira edição. Desapareceu a classificação por grupos e cada jogo passou a ser eliminatório. Como já havia acontecido com o Uruguai, a Itália tinha quase obrigação de ganhar. Para chegar ao título, a equipe contava, inclusive, com três argentinos (Monti, Orsi e De Maria) e um uruguaio (Guaita).
Além disso, os italianos contavam com o apoio de Benito Mussolini, representado junto ao time pelo general Giorgio Vaccaro. Os anfitriões decidiram o título contra a Tchecoslováquia, no estádio Nazionale PNF, em Roma. Os tchecos saíram na frente com Antonin Puc, mas a Itália virou o placar com Raimondo Orsi e Schiavio. A Alemanha ficou em terceiro.
Na campanha até a final, os italianos estrearam com uma goleada de 7 a 1 sobre os EUA, com três gols do artilheiro Angelo Schiavio. Depois, a equipe precisou de dois jogos para eliminar a Espanha --1 a 1, no primeiro, e 1 a 0, no segundo. Nas semifinais, a Azzurra bateu a Áustria por 1 a 0. Já a Tchecoslováquia superou a Romênia (2 a 1, primeira rodada), Suíça (3 a 2, nas quartas) e Alemanha (3 a 1, nas semifinais).
A fórmula de disputa foi alterada em relação à primeira edição. Desapareceu a classificação por grupos e cada jogo passou a ser eliminatório. Como já havia acontecido com o Uruguai, a Itália tinha quase obrigação de ganhar. Para chegar ao título, a equipe contava, inclusive, com três argentinos (Monti, Orsi e De Maria) e um uruguaio (Guaita).
Além disso, os italianos contavam com o apoio de Benito Mussolini, representado junto ao time pelo general Giorgio Vaccaro. Os anfitriões decidiram o título contra a Tchecoslováquia, no estádio Nazionale PNF, em Roma. Os tchecos saíram na frente com Antonin Puc, mas a Itália virou o placar com Raimondo Orsi e Schiavio. A Alemanha ficou em terceiro.
Na campanha até a final, os italianos estrearam com uma goleada de 7 a 1 sobre os EUA, com três gols do artilheiro Angelo Schiavio. Depois, a equipe precisou de dois jogos para eliminar a Espanha --1 a 1, no primeiro, e 1 a 0, no segundo. Nas semifinais, a Azzurra bateu a Áustria por 1 a 0. Já a Tchecoslováquia superou a Romênia (2 a 1, primeira rodada), Suíça (3 a 2, nas quartas) e Alemanha (3 a 1, nas semifinais).
BRASIL
Apesar de ter treinador no návio durante a viagem à Europa, a seleção brasileira se despediu do Mundial logo no primeiro jogo contra a Espanha. A partida aconteceu no dia 27 de maio, em Gênova, e terminou 3 a 1 para os espanhóis, com dois gols de Isidoro Lángara e um de Jose Iraragori. Leônidas fez o gol brasileiro.
DESTAQUE
Giuseppe Meazza foi o grande herói da conquista italiana, ao marcar em momentos decisivos, como no desempate contra a Espanha, nas quartas-de-final. Na final, Meazza deu o passe para Schiavio marcar o gol do título. Outro destaque foi o goleiro espanhol Zamora, considerado um dos maiores da história do futebol.
CURIOSIDADES
Em 1934, foram marcados 70 gols em 17 jogos, média de 4,12 por jogo. A campeã Itália teve o ataque mais positivo, com 12 gols em cinco jogos. Os estádios italianos receberam um público total de 395 torcedores --23.235 por partida.
Anfilógino Guarisi foi o primeiro brasileiro campeão mundial. O jogador, que atuou no Corinthians e jogou pela seleção brasileira com o nome de "Filó", naturalizou-se italiano e foi um dos "oriundi" que se consagraram na Copa-1934.
Assim como no Uruguai, a seleção brasileira sofreu com brigas internas. Desta vez, a CBD, amadora, entrou em conflito com a FBF (Federação Brasileira de Futebol), profissional, e não conseguiu reunir os melhores jogadores do país.
Anfilógino Guarisi foi o primeiro brasileiro campeão mundial. O jogador, que atuou no Corinthians e jogou pela seleção brasileira com o nome de "Filó", naturalizou-se italiano e foi um dos "oriundi" que se consagraram na Copa-1934.
Assim como no Uruguai, a seleção brasileira sofreu com brigas internas. Desta vez, a CBD, amadora, entrou em conflito com a FBF (Federação Brasileira de Futebol), profissional, e não conseguiu reunir os melhores jogadores do país.
A edição de 1934 do torneio marcou a segunda participação da Seleção Brasileira de Futebol em uma Copa do Mundo. O Brasil era um dos seis países que haviam disputado o Mundial de 1930, ao lado das seleções da França, Romênia, Bélgica, da Argentina e dos Estados Unidos.
O goleiro da Seleção Brasileira, Pedrosa, seguiu a carreira de cartola depois de parar de jogar futebol. Roberto Gomes Pedrosa foi presidente da Federação Paulista de Futebol e chegou a emprestar seu nome ao antigo Torneio Rio-São Paulo, embrião do campeonato nacional.
Na equipe brasileira outro jogador também se tornaria mais famoso, não pela sua atuação na Copa, mas sim pelo que faria posteriormente. O atacante Valdemar de Brito foi quem levou um jovem chamado Pelé para o Santos, em 1945.
[editar] Convocados
O Técnico Luiz Vinhaes convocou para a Copa de 1934 os seguintes jogadores:
Jogador
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Posição
|
Clube
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Meio-campo
| ||
Atacante
| ||
Atacante
| ||
Meio-campo
| ||
Atacante
| ||
Goleiro
| ||
Atacante
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Zagueiro
| ||
Atacante
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Meio-campo
| ||
Zagueiro
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Atacante
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Goleiro
| ||
Zagueiro
| ||
Meio-campo
| ||
Atacante
| ||
Meio-campo
|
[editar] A Copa: Oitavas-de-Final
27 de Maio de 1934
16:30 |
1–3
|
Arbitro: Alfred Birlem ( Alemanha Público: ~25 000 | ||
Leônidas 54'
|
Iraragorri 17' (pen)
Langara 25', 28' |
Como foi eliminado ainda na primeira partida, a Seleção Brasileira aproveitou a viagem para fazer dois amistosos. Em Belgrado, perdeu para a Seleção da Iugoslávia por 8 a 4. Depois, empatou em Zagreb, por 0 a 0, contra o Gradjanski, uma equipe local.
- Eliminatórias para a Copa de 1934
- Especial da Folha Online - Copa de 1934 (2006)
- Especial da Folha Online - Copa de 1934 (2002)
- Especial do UOL - Copa de 1934
- Especial da Gazeta Esportiva - Copa de 1934
-
www.1.folhauol.com.br - Postado por Marisa Alverga
Uma das maiores goleadas até hoje registradas em eliminatórias da Copa do Mundo foi : Hungria 11 x Grécia 1, em 25 de março de 1938.
Em disputas da Copa apenas mais duas goleadas são merecedoras de registro:
Suécia 8 x Cuba 0, em 1938 e Hungria 9 x Coréia 0, em 1954.;
PELÉ fez um jogo na África, pela seleção nigeriana, em 1978, contra o Fluminense.
ANDRADA levou o 1000° gol de Pelé.
Antes de PELÉ o maior jogador do mundo era o húngaro PUSKAS.
Postado por Marisa Alverga
Postado por Marisa Alverga
Pelé é escolhido "Patrimônio Esportivo da Humanidade"
Madri, 27 jul (EFE).- Pelé foi escolhido nesta quarta-feira "Patrimônio Esportivo Histórico da Humanidade" do Brasil após uma votação feita por 327.496 pessoas, de 72 países diferentes.
Além de Pelé, o atacante argentino Lionel Messi e o mexicano Hugo Sánchez também ganharam o título de seus respectivos países.
Um total de 42 jogadores argentinos, 57 brasileiros e 41 mexicanos disputavam a nomeação para se tornar "Patrimônio Esportivo da Humanidade", que pretende "impulsionar a consolidação da importância da preservação da realidade esportiva no mundo todo".
A campanha de eleição dos jogadores "Patrimônio Esportivo Histórico da Humanidade" da Argentina, Brasil e México teve uma duração de quatro meses.
Postado por Marisa Alverga
Além de Pelé, o atacante argentino Lionel Messi e o mexicano Hugo Sánchez também ganharam o título de seus respectivos países.
Um total de 42 jogadores argentinos, 57 brasileiros e 41 mexicanos disputavam a nomeação para se tornar "Patrimônio Esportivo da Humanidade", que pretende "impulsionar a consolidação da importância da preservação da realidade esportiva no mundo todo".
A campanha de eleição dos jogadores "Patrimônio Esportivo Histórico da Humanidade" da Argentina, Brasil e México teve uma duração de quatro meses.
Postado por Marisa Alverga
O BRASIL E A BOLA: 100 ANOS DE UMA PAIXÃO
Duas esferas de couro e alguns livros. Enquanto Charles Miller que, apesar do nome, era paulistano do Brás, atravessava o Oceano Atlântico num navio vindo da Inglaterra, em 1894, certamente não sabia que os prosaicos objetos que trazia em sua bagagem mudariam a cultura de um povo, influenciariam o gosto, as paixões, a emoção e até a história de um país. Eram duas bolas e livros de regras de futebol, o esporte que Miller praticava no time do Southampton, na seleção do Condado de Hampshire . Às vésperas de mais uma Copa do Mundo, a história de amor entre o Brasil e a bola completa 100 anos.
Um ano depois da chegada de Miller, o primeiro jogo Companhia de Gás 4 x 2 São Paulo Railwav na Várzea do Carmo, em São Paulo. Em campo ingleses radicados no Brasil, funcionários dessas duas Empresas. Demorou pouco para que o jogo caísse no gosto dos brasileiros. Em 1898 é fundado o primeiro clube para a prática do futebol, a Associação Atlética Mackenzie.
Surgem os artistas da bola. Eram os tempos de Friedenreich e de Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, inventor do lance conhecido como bicicleta, os primeiros a inscreverem seus nomes numa lista de craques que não parou de crescer. São tantos que os entrevistados na enquete do Globo volta e meia se enrolavam para apontar os maiores de todos os tempos.
É muita gente boa. Por maior que seja a lista que eu fizer, vou sempre estar esquecendo alguém, uma injustiça com algum craque... disse Rivelino, que por isso preferiu ficar só com Garrincha e Pelé, para ele dois fora de série que estavam acima de qualquer outro.
Tantos artistas protagonizaram cenas para ficar na memória. Uma história de um século está pontilhada de momentos inesquecíveis. Felizes, como cada uma das três Copas do Mundo que o Brasil ganhou. Tristes, como a derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950, em pleno Maracanã, ou a da desorganização da Copa de 1966.
Os cenários, aqui, são parte integrante da História. O Maracanã, maior e mais representativo palco da encenação da paixão brasileira, viu muito desses momentos, abrigou muito desses craques construídos às pressas, fundado em 1950, logo assistiu a trágica derrota para os uruguaios, que calou uma multidão em suas arquibancadas. Mas não demorou para que visse momentos mais felizes, o gol de placa que Pelé fez em 1961, driblando seis jogadores do Fluminense, inclusive o Goleiro Castilho; o milésimo gol do mesmo Pelé e o gol nº 1000 da Seleção Brasileira, numa tranqüila vitória sobre a Bolívia, em 1973.
E há, mais do que em qualquer outro espetáculo, o público que, no teatro da bola, faz muito mais que aplaudir. Este ano, o Brasil vai pintar o rosto e as ruas de verde e amarelo. É hora, mais uma vez, da aventura da Copa. Mais um capítulo de uma História em que o público quer tudo, menos que o pano caia.
Transcrito do Jornal dos Esportes, de 09 de janeiro de 1994
FUTEBOL, UM ESPORTE NOBRE:
A história do futebol brasileiro é repleta de glórias. O Brasil é o único país que pode se orgulhar de ter participado de todos os Campeonatos Mundiais, tendo, inclusive, conquistado o direito da posse definitiva da Jules Rimet, através das gloriosas jornadas de 1958, 1962 e 1970.
Como esporte, o futebol é a paixão do povo brasileiro, que vibra com as vitórias dos seus
Clubes e delira com as conquistas da Seleção Nacional. O Brasil conta com uma matéria- prima essencial de que nenhum outro país dispõe: a qualidade inata do jogador brasileiro, que o futebol no seu sangue, o futebol – arte que tantas vezes deslumbrou o mundo.
O Futebol, no entanto, nem sempre foi um esporte ligado ao povo como é hoje em dia.
Contam os pesquisadores que, nas mais remotas origens do “esporte bretão” há nomes de reis, príncipes e imperadores fazendo às vezes de zagueiros, goleiros, pontas, etc., com toda a pompa e requinte que a posição da nobreza exigia, até mesmo no momento de uma dividida. Exageros à parte (é ou não exagero imaginar Marco Antonio e Júlio César dividindo uma bola cruzada?, o fato é que a origem deste esporte no Orienta Antigo e mais a seriedade com que as legiões de Júlio César dedicaram aos jogos de bola, permitem a conclusão de que o futebol teve origem das mais nobres.
Na China, no ano 2000 ªC., o Imperador Huang-Ti revelava-se um grande entusiasta deste jogo. Os poetas da época – talvez os primeiros cronistas esportivos -, cantavam em versos a habilidades dos jogadores daquela época.
Séculos depois, no Japão, o jogo era disputado com uma bola de couro recheada de crina de cavalo. A elegância na arte de controlar a bola, era o que contava.
Não se sabe ao certo de que forma o esporte chegou à Bretanha, embora se admita que tenha sido com as tropas romanas invasores.
O Brasil não fugiu à regra: trazido da Europa o futebol foi praticado aqui, inicialmente, pelos rapazes da parte melhor aquinhoada da sociedade e só brancos eram admitidos nos times que se formavam. O Vasco da Gama foi o primeiro clube a abrir os portões aos verdadeiros craques que impressionaram o mundo, formando em 1923 um time escalado quase que só por mulatos.
Oficialmente, o futebol, no Brasil, começou quando o paulista Charles Miller, que estudava na Inglaterra, voltou para casa, trazendo na sua bagagem uma bola.
É, mas isso é outra história que contaremos depois.
Obs: Recebido via e-mail.
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ESTRELA SOLITÁRIA
Nunca houve alguém como GARRINCHA. Mas tortos como suas pernas foram os caminhos que levaram um jogador único a morrer como um qualquer.
MANOEL FRANCISCO DOS SANTOS nasceu em 28 de outubro de 1933, numa Cidade Cujo nome provoca risadas inevitáveis – Pau Grande (RJ). Possuía um par de pernas tortas e um estilingue, com o qual acertava pedradas num tipo de passarinho chamado Garrincha.
Mané vivia na pobreza com seus 14 irmãos. Aos 15 anos foi trabalhar na fábrica de tecidos América Fabril. Jogava no time amador da empresa. Queria ser meia , virou ponta direita por ser a posição vaga. Mudou-se para o Serrano, de Petrópolis. Voltou para Pau Grande. Ai tentou a sorte no Rio de Janeiro. Buscou o Flamengo, o Fluminense e o Vasco. Ninguém deu pelota para Mané.
Garrincha quase foi vetado da seleção de 1958. No exame psicotécnico, precisava de 123 pontos. Fez 38. Nilton Santos liderou uma manobra para aprová-lo. E Garrincha brilhou. Participou de três Copas (1958 – 1962 e 1966). Na Suécia, usou seu talento de driblador para apanhar um cachorro preto que invadira o gramado. Ganhou o cãozinho, que batizou de Bi. Jogou 60 partidas com a camisa amarela. Ganhou 52, empatou sete e perdeu uma – contra a Hungria em 1966.
Mané ficou no Botafogo por 13 anos. Foram 608 partidas, 245 gols, três Campeonatos Cariocas e dois Rio – São Paulo.
Seus joelhos tortos estavam lesados por uma artrose e detonados por injeções de cortisona. Em 1966 passou por Corinthians, depois Portuguesa do Rio, Atlético Júnior – COL, Flamengo e Olaria. Entre 1974 e 1982 jogou pelo Milionários, um time de masters.
Garrincha tinha talento de Superstar, 6 centimetros de distância entre os joelhos e pouca responsabilidade. Em 1962 já tinha sete filhas com a mulher Nair, um casal com a amante Iraci e o filho sueco com uma camareira. No mesmo ano começou um romance de 15 anos com a cantora Elza Soares. A queda de produção no Botafogo provocou a fúria de torcedores. Sua casa era freqüentemente apedrejada. O cão Bi morreu envenenado.
Começavam os anos da tragédia. Vieram outros três filhos – mais uma com Nair, um com Elza Soares e outra com sua última esposa, Vanderlea.. O ato final foi de Cirrose hepática e uma dolorosa decadência. O livro Estrela Solitária, de Ruy Castro, conta que a pinga o levou a duas tentativas de suicídio, dezenas de internações e três acidentes de carro – num dos quais morreu a mãe de Elza Soares.
O escritor Maciel de Aguiar descreve um jogo de 1980 entre a seleção de São Mateus (ES) e o catadão de uma associação de jogadores. Garrincha chegou com um pé engessado e pediu desculpas por não jogar. O Prefeito não quis saber: “Arranjem umas muletas para ele entrar em campo, ou não pago. As muletas surgiram e Mané entrou se arrastando. O público aplaudiu. O anjo das penas tortas chorou.
No dia 20 de janeiro de 1983, com o fígado e o pâncreas destruídos, vencido pela infecção generalizada. Mané Garrincha morreu na miséria absoluta. Tinha 49 anos, três ex-esposas e 13 filhos. Foi enterrado sem um tostão no cemitério Raiz da Serra em Magé, subúrbio do Rio. Seu túmulo está abandonado e sem identificação.
DAGOMIR MARQUEZI, Coluna MORTOS VIVOS DA Revista Placar
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MAIS UMA DO REI
(por Sandro Moreira)
Numa partida entre Santos e Vasco, no Pacaembu, Pelé não estava em dia de inspiração e o Vasco ia vencendo por 1 a 0. Fontana, o falecido zagueiro vascaíno, aproveitava para gozá-lo:
- Diziam que havia um rei por aqui, mas não estou vendo nenhum - falava para seu companheiro Brito.
- Cadê o tal de rei? Pelo visto hoje não tem rei - insistia Fontana, cada vez mais senhor de si.
Escanteio contra o Vasco. Pelé sobe, mata no peito, deixa cair e gol do Santos. Três minutos depois, Pelé passa por Fontana, passa pelo goleiro Andrada e entra no gol. Na volta entrega a bola a Fontana e diz:
- Toma, leva pra tua mãe e diz que foi um presente do rei.
Ao lado, com aquela cara que já nasceu amarrada, Brito queria comer Fontana vivo.
NA GRANDE ÁREA (por SANDRO MOREIRA)
A mulher de um fanático torcedor rubro-negro entrou com pedido de divórcio à Justiça e argumentou perante o Juiz:
- Ele só pensa em futebol, doutor. Nem se lembra dos aniversários da família.
O marido reagiu negando:
- Tudo isso, seu Juiz, é porque ela cismou que eu esqueci a data do nosso casamento.
Aí o Juiz perguntou:
- E em que dia foi?
- Fácil: foi no dia em que o Mengo deu de 3 a 0 no Vasco.
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NA GRANDE ÁREA
RAIMUNDO NICOLAU foi um jogador de futebol que defendeu as cores do Guarabira Esporte Clube, com dignidade e galhardia: O Espantalho do Brejo, como era conhecido. Antes, porém, de ser ídolo do futebol, Raimundo era gente, um ser humano da melhor estirpe, simples, humilde, companheiro, camarada. Bom filho, bom pai, bom amigo. Daqui do Sem Fronteiras, abraçamos Raimundo Nicolau, hoje, noutras plagas, distante de nós por uma eternidade, mas com certeza, nos braços do Pai. E houve festa no Céu que se engalanou para recebê-lo, com Geraldo Pereira modificando a escalação para ter Raimundo de meia armador, “um goleador nato, que driblava os adversários em velocidade, dono de uma pontaria certa” como conta Vicente Barbosa no seu livro Memórias do Futebol Guarabirense e acrescentamos: o terror dos goleiros. A Raimundo Nicolau, meu amigo, meu irmão, dedicamos a Crônica intitulada NA GRANDE ÁREA, de autoria de Armando Nogueira:
“Tudo acontece na grande área: a guerra de Pelé, a guerrilha de Garrincha, o chute fatal, a rebatida heróica, o drible temerário de um beque, a tragédia do goleiro, em cujos pés solitários a grama não floresce; na grande área, ressoa, implacável, a hora da verdade, erguendo e derrubando mitos no gesto simples de chutar uma bola; na grande área nasce o gol, nasce o infarto que mata de emoção o torcedor; na grande área, onde os homens se acovardam e se engrandecem, a rasteira é pecado que no ato se paga pelo castigo do pênalti, entidade tão decisiva no destino de um jogo que, segundo um velho pensador do futebol, só devia ser cobrado pelo presidente do clube; nos canteiros da grande área, os pés imortais de Domingos da Guia pisando a grama de leve para não magoar a própria semente de sua arte - Nilton Santos.
Quanta emoção na pureza geométrica da grande área, onde não falta sequer o singelo mistério de uma meia-lua, quarto minguante dos fracos, lua cheia de Leônidas.
Vivi tristezas, vivo alegria, tenho chorado, já cantei muito, às vezes rezo, vendo a bola correr, na grande área; nem mesmo os sentimentos mais subalternos da alma humana- nem deles a grande área do futebol me tem poupado o coração; já tremi de medo, já odiei, já invejei. A paixão do futebol tem me pesado a vida de tantas emoções que já não tenho mais o direito de lastimar se um dia a morte me queira surpreender no instante de um gol”
Taí, Raimundo, vamos divisar você, junto a Domingos da Guia, Garrincha, e Leônidas jogando pelo time do Paraíso, sob a batuta de Geraldo Pereira e a assistência de João Salustiano; trocando idéias com “seo” Pessoa e Zezinho Porpino, fazendo do gol um poema, cantando e encantando os torcedores do Céu de Deus.
A/Deus, meu amigo. Até um dia!
“Tudo acontece na grande área: a guerra de Pelé, a guerrilha de Garrincha, o chute fatal, a rebatida heróica, o drible temerário de um beque, a tragédia do goleiro, em cujos pés solitários a grama não floresce; na grande área, ressoa, implacável, a hora da verdade, erguendo e derrubando mitos no gesto simples de chutar uma bola; na grande área nasce o gol, nasce o infarto que mata de emoção o torcedor; na grande área, onde os homens se acovardam e se engrandecem, a rasteira é pecado que no ato se paga pelo castigo do pênalti, entidade tão decisiva no destino de um jogo que, segundo um velho pensador do futebol, só devia ser cobrado pelo presidente do clube; nos canteiros da grande área, os pés imortais de Domingos da Guia pisando a grama de leve para não magoar a própria semente de sua arte - Nilton Santos.
Quanta emoção na pureza geométrica da grande área, onde não falta sequer o singelo mistério de uma meia-lua, quarto minguante dos fracos, lua cheia de Leônidas.
Vivi tristezas, vivo alegria, tenho chorado, já cantei muito, às vezes rezo, vendo a bola correr, na grande área; nem mesmo os sentimentos mais subalternos da alma humana- nem deles a grande área do futebol me tem poupado o coração; já tremi de medo, já odiei, já invejei. A paixão do futebol tem me pesado a vida de tantas emoções que já não tenho mais o direito de lastimar se um dia a morte me queira surpreender no instante de um gol”
Taí, Raimundo, vamos divisar você, junto a Domingos da Guia, Garrincha, e Leônidas jogando pelo time do Paraíso, sob a batuta de Geraldo Pereira e a assistência de João Salustiano; trocando idéias com “seo” Pessoa e Zezinho Porpino, fazendo do gol um poema, cantando e encantando os torcedores do Céu de Deus.
A/Deus, meu amigo. Até um dia!
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HISTÓRIA DO FUTEBOL
(por Sandro Moreira)
No jogo entre o Santos e a Seleção da Colômbia, em julho de 1968, o Juiz Guilherme Velásquez expulsou Pelé aos dez minutos da partida.
Revoltada, a torcida Colombiana exigiu a expulsão de Velásquez, o que foi providenciado imediatamente. Em seguida, não satisfeita, reclamou a volta de Pelé, medida tomada pelo novo árbitro, ainda no primeiro tempo.
Em retribuição Pelé marcou dois gols na vitória Santista 4 x 2.
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