sábado, 25 de novembro de 2017

I FEIRA  MULTIDISCIPLINAR NO  BREJO PARAIBANO

                Guarabira faz 130 anos e como presente de aniversário ganhará neste fim de semana dois grandes eventos e um deles é MULTIDISCIPLINAR NO  BREJO PARAIBANO pela Adiant Consultoria e seu projeto social Centro de atendimento  Especializado – Rangelina Alverga em parceria com a Prefeitura e suas Secretarias de Saúde, Educação e Ação Social, que vem prestando brilhantes trabalhos na cidade de Guarabira e região do brejo e nesse contexto a Feira apresenta várias terapias holísticas ou alternativas bem como as terapias regulares e muitas palestras e atividades para o público.
                No dia 25 de novembro se inicia a feira a partir das 15:00h simultaneamente com palestras e apresentação ao público de terapias como Musicoterapia, Yoga, Reik, Hipnoterapia, acunpultura, equoterapia entre outras, de forma a ganhar destaque por ser para muitas pessoas a primeira vez o contato para algumas dessas terapias. As palestre com seus temas atuais importantíssimo no auxílio e orientação aos tratamentos convencionais e da orientação ao público alvo em suas atividades diárias como foco, pessoas com deficiências, sejam eles pais  ou familiares, professores, orientadores ou profissionais.
As palestras terão como ingresso a doação de 2k de alimentos não perecíveis para que o Centro Rangelina  Alverga faça essa doação  juntamente com essa equipe voluntária do evento em campanhas futuras na cidade de Guarabira em dezembro próximo. As vagas serão limitadas e devem ser feitas por agendamento pelo telefone 83-98793-9621  ou no local e dia do evento na tenda da triagem. A Secretaria de Saúde fará um levantamento junto ao PSF e seu banco de dados das pessoas com necessidades especializados para agilizar em alguns casos de atendimentos específicos com  possível atendimento nos dias do evento. O encerramento será feito com a palestrante Srª Glória Pimenta coordenadora do curso de Odontologia do IESP PB que também desenvolve trabalhos com alunos de graduação e voluntários, voltados a atender pessoas com deficiência e utiliza dessa ferramenta de solidariedade para transmitir aos alunos o papel social de e servir ao próximo.
                O atendimento clínico praticamente na totalidade será feito no centro de referência da mulher na Secretaria de Saúde na mesma avenida Sabiniano Maia bem próximo ao evento e todos os atendimentos serão gratuitos, porém vale lembrar que o público alvo será apenas PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E PRIORIZANDO ESSE SENTIDO pois o Município já vem fazendo outras feiras de atendimento ao público em geral em outros momentos em campanhas da própria Secretaria de Saúde de Guarabira. Os atendimentos serão mais uma oportunidae da população  ser orientada pelos profissionais que ali estão.
                Haverá também a parte cultural do evento como um chame  a mais na feira ou seja, uma apresentação de teatro de bonecos da Companhia Boca de Cena, uma Ong que vem há muito tempo prestando serviços  à Paraíba com entretenimento de alto nível cultural. Serão três apresentações para o público em geral, mas confesso que as  crianças irão adorar.
                Os parabéns ficam para o povo de Guarabira e Brejo Paraibano pela brilhante idéia construtora e seus parceiros. Convidamos todos os interessados a desde já marcarem  reserva de sua palestra preferida, bem como a visitação aos stands de Saúde e assistam o espetáculo teatral e como a magia de um belo evento possamos todos trazer a esperança para quem mais precisa de ajuda.

Obs: Copiado do BLOG DO VAVA DA LUZ

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

CONHEÇA MELHOR O CAE , CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO RANGELINA ALVERGA

O CAE -centro de atendimento especializado Rangelina Alverga vem desde 2016 atendendo crianças com deficiência entre elas o autismo. Contando com uma equipe multidisciplinar com profissionais psicopedagoga, Psicóloga, Fonoaudiologa, pedagogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, educador físico (hidroterapia) e terapeutas Holísticos como a
Musicoterapia e hipnoterapia, profissionais capacitados com técnicas e métodos voltados especificamente a área mais técnica para atender às diversas deficiências .
O CAE Rangelina Alverga é um projeto social desenvolvido no berço da empresa Adiant que tem a frente os irmãos Débora, Radmaker e Douglas Alverga. Estes têm uma Irmã com paralisia cerebral devido a um erro médico há 48 anos atrás que serviu de estímulo para a criação desse projeto bem carrega nas origens da família Alverga uma homenagem também a sua bisavó ambas com o mesmo
nome Rangelina Alverga,. uma justa homenagem a essas mulheres. 
O CAE Rangelina vem fazendo diversas campanhas sociais e participando de outras tantas, como campanha da criança em parceria com a polícia militar através de doação de brinquedos na OPERAÇÃO CRIANÇA FELIZ, NATAL SEM FOME, semana da Páscoa , campanhas e movimentos maio e setembro amarelo entre outras. Recentemente estão promovendo a nível de estado um trabalho de conscientização através de sessões públicas. As casas legislativas iniciando na cidade de Sertãozinho e Guarabira e já para esse mês de outubro às cidades de Itabaiana, Ingá e Solânea serão as escolhidas para o debate com a sociedade sobre o tema autismo e extensão de demais deficiências, tudo para tornar ainda mais brilhante esse projeto. Diante de tantos serviços prestados a sociedade de Guarabira e região.
No próximo dia 06 de outubro no shopping cidade luz em Guarabira será realizado uma palestra com o Dr. Adriano Aquino , filho de Guarabira e bem conceituado na área jurídica, onde atualmente é Procurador do Estado de Pernambuco e professor universitário , trazendo uma palestra para os profissionais das áreas de Direito, Administração , contabilidade e empresários, e claro a todo aquele interessado em saber como ficam as alterações na CLT e da reforma trabalhista, nessa palestra. A renda será revertida para o projeto social CAE Rangelina Alverga.





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Postado por Marisa Alverga

sexta-feira, 14 de julho de 2017

CONTOS

                              

                                   O PÃOZINHO

                    Há muitos anos, houve uma grande fome na Alemanha, e os pobres sofriam                       muito. Um homem rico, que amava crianças, chamou vinte delas e disse:
                 - Nesta cesta há um pão para cada um de vocês. Peguem e voltem todos os dias, até             passar esta época de fome. Vou lhes dar um pão por dia.
                 As crianças estavam esfomeadas. Partiram para cima da cesta e brigaram pelos                     maiores pães. Nem se lembraram de agradecer ao homem que tivera tanta bondade                 com elas. Após alguns minutos de briga e avanço nos pães, todos foram embora                         correndo, cada um com seu pão, exceto uma menininha chamada Gretchen. Ela ficou             lá sozinha, a pequena distância do homem. Então, sorrindo, ela pegou o último pão, o             menor de todos, e agradeceu de coração.
                No dia seguinte, as crianças voltaram e se comportaram pior do que nunca.                            Gretchen, que não entrava nos empurrões, ficou só com um pãozinho bem fininho,                  nem metade do tamanho dos outros. Porém quando chegou em casa e a mãe foi cortar            o pãozinho, caíram de dentro dele seis moedas bem brilhantes de prata.
              - Oh, Gretchen! - exclamou a mãe. - Deve haver algum engano. Esse dinheiro não                  nos            pertence. Corra o mais rápido que puder e devolva-o ao cavalheiro!
              E Gretchen correu para devolver, mas, quando deu o recado da mãe, o senhor lhe                 disse:

           - Não foi engano nenhum. Eu mandei cozinhar as moedas no menor dos pães, para                recompensar você. Lembre-se de que as pessoas que preferem se contentar com o                   menor pedaço, em vez de brigar pelo maior, vão encontrar muitas bênçãos bem maiores        do que dinheiro dentro da comida.
        
           Postado por Marisa Alverga

Quero Voltar a Confiar - Arnando Jabor
29/11/09
Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “ temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero Quero Ter de volta o meu mundo simples e comum.
Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?... Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

Postado por Marisa Alverga

           

                                                                                 



Quero Voltar a Confiar - Arnando Jabor
29/11/09
Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “ temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero Quero Ter de volta o meu mundo simples e comum.
Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?... Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

Postado por Marisa Alverga

           

                                                                                  



sábado, 10 de junho de 2017

Minha querida Iaci

                                                                                                     “Ninguém morre enquanto                                           permanece  vivo no coração
                                                                              de alguém”

À uma amiga que partiu primeiro:

Minha querida Iaci,

        A amizade não conhece tempo nem distância  e esta assertiva é tão verdadeira que há anos não  nos víamos, mas  nem o tempo nem a distância foi capaz, sequer, de arrefecer os laços que nos uniam.
        Nos idos de 1969, precisamente  11 de novembro daquele ano , trabalhamos no antigo INPS. É verdade que não vivíamos uma na casa da outra, mas havia sempre um ombro  para as nossas confidências.
        O tempo passou e a vida nos separou. Havia apenas 90Km entre nós, mas foi o suficiente para que durante algum tempo sequer nos falássemos, mas  de repente senti a vontade incontrolável de vê-la, falar-lhe, abraçá-la, mas não sabia como fazê-lo e então  sem nenhuma  premeditação encontrei-me com uma amiga comum que me disse o número do seu celular. Liguei e não foi você quem atendeu e quando pedi para falar com você, veio a surpresa; o seu esposo disse que você havia partido. Não querendo entender a verdade perguntei: como partiu? Está no céu, ele respondeu.
        Dizem que a Morte é uma grande Mestra, mas confesso que nada aprendi com essa megera. Sei, apenas que o Céu está em festa, porque você é mais uma filha que retorna à Casa do Pai. E daqui, da minha SAUDADE, faço uma prece  ao Deus imortal:
        Senhor Deus, sabemos todos que um dia teremos que voltar ao primitivo lar, mas a separação dói e não há bálsamo capaz de suavizá-la e sem opção, só nos resta aguardar o reencontro e valemo-nos da imaginação para divisar a eternidade como o paraíso que é: cercado de flores, onde predominam as hortências e as violetas, com as folhas em forma de coração.
        Poetas entoam as suas canções, espalhando o amor entre as saudades que por ali proliferam, acompanhados pelos violinos que vibram as suas cordas, embalando os sonhos dos que ai estão. O parnaso, com certeza, é na Mansão Celestial.
        IACI é uma filha que atendendo ao chamado do Pai para o Céu retornou. Estamos certos de que será feliz, porque ai ela não sentirá frio, nem dor; a calúnia e a inveja nunca mais a alcançarão e Maria, a mãe por excelência, será sua eterna companheira na eternidade de Deus.
        A/Deus, minha amiga. Até um dia! Quando? Sabe Deus.


                                                       Marisa Alverga     


Guarabira, 09 de junho de 2017      

terça-feira, 2 de maio de 2017

Para Laura Cristina: OSMAR DE AQUINO – CEM ANOS DE SAUDADE

                                                                                                           
 “O grande homem é aquele que enrubesce quando elogiado e  permanece em silêncio quando difamado”.
                        Conheci um homem assim e tenho pena de quem não o conheceu, porque foi privado do direito de amar alguém cuja estirpe se extinguiu. Amá-lo era obrigação de quem o conhecia. Era o amor na sua mais pura essência; um amor sublime, acima das baixezas do mundo, acima das coisas torpes e vis da terra. Era a imagem do amor. Do amor puro como o sorriso de um recém-nascido, cristalino como a água santa do batismo.
                        Assemelhava-se ao sândalo que perfuma o machado que o fere. Um novo Midas, transformando em amor tudo quanto tocava. Nunca se ouviu dos seus lábios uma palavra áspera de ódio ou de maldade.
                        Erudito, letrado, estudioso, intelectual, poliglota, desconhecia em todos os  idiomas a palavra “NÃO”. Tinha sempre um pensamento carinhoso, um gesto amigo, uma palavra de bondade. Era todo ternura.
                        Não se intimidava ante os poderosos. Não recuava diante da dor e enfrentava o perigo com a mesma altivez de um Alexandre Magno. Não entregava o amigo e defendia o inimigo. Grande nas suas atitudes, os seus princípios eram inegociáveis. Era comum ouvi-lo dizer: “Eu só tenho medo que o povo pense que eu tenho medo”.
                        Não conhecia o ódio. Ia em defesa dos pequenos, dos menos favorecidos pela sorte com a grandeza que sempre o caracterizou.
                        Altivo, sereno, forte, grande, incomensurável, amigo, leal, corajoso. Firme nas suas idéias e nos seus ideais, nunca vacilou ante os embates e vicissitudes da vida e parafraseava Sócrates, quando dizia: “O que é a morte, afinal, senão um agradável sono após um árduo dia de trabalho?”
                        Mirava-se no espelho de Cristo no “amai-vos uns aos outros”, divisando entre as trevas do ódio, a claridade divina do amor ao próximo. Participava do sofrimento alheio, compartilhando a dor do seus irmãos, a levar-lhes a centelha viva do perdão e do carinho, na sua simplicidade de homem bom.
          Dele podia-se dizer que era uma epopéia de luzes, cores,música, alegria, sorriso e flores.
                        Um homem assim não morre nunca. Tomba nos campos de batalha da vida, lutando até o último instante como um herói, para renascer mais forte ainda nos corações dos que se vivificam com o seu exemplo.
                        Não, Osmar não morreu. Apenas Deus o  levou mais cedo para ensinar aos anjos a arte de amar.
                        Partiu numa viagem sem volta, levando consigo as suas boas obras. Aqui deixou plantada a saudade que viverá eternamente.
                        Vi-o antes da partida final. Levei-lhe o meu derradeiro adeus, misturado às minhas lágrimas de dor e de saudade .
                        Deixou esta terra por um Reino encantado e hoje, no Palácio divino, incrustado no seio de Deus, divisa-se um homem com 1:82m de altura,  um rosto sereno e belo, uma alma pura e cristalina, um voz portentosa e varonil . Ao seu redor uma legião de anjos embevecidos escuta essa voz. Ninguém fala, ninguém sussurra, quando Osmar de Aquino, recordando setembro de 1964, em Guarabira, falava para outra plateia, tão atenta e silenciosa quanto esta.
                        “Volto ao teu seio, terra estremecida das minhas angústias, das minhas alegrias e dos meus sonhos.
                          Eu não tenho medo de morrer, como não tenho de viver. Tenho como Neruda, pronta a minha morte. Quero morrer entre os pobres que não tiveram tempo de estudá-la, e não entre os que, senhores de todos os privilégios na terra, pagam ainda, metafísicos para dividir e arrumar o céu, somente para eles. E ficarei contente com o pouco que para mim será tudo; quando terminar o “milagre da vida”, possam os lutadores da nossa causa, ao passar na chamada lousa fria, dizer simplesmente: foi um companheiro. Não, não sussurramos farisaicamente o nome de Cristo, mas temos no coração as suas palavras de fogo contra iníquas desigualdades, a sua cólera da verdade”.
                        É aplaudido de pé, como outrora o fora em Guarabira. E nos seus olhos, límpidos e serenos, uma lagrima surge. É a saudade que o acompanha à morada etérea.
Tu não morrestes, Osmar, pois ninguém sendo querido como tu fostes, poderá morrer um dia. Apenas és hoje hóspede de Deus e Deus é vida. Lá encontrastes a paz, a salvo da maldade, da calúnia, do ódio e da difamação. Aqui serás lembrado eternamente, como o arauto de Deus, em defesa dos pobres e oprimidos; a tua voz ecoará pelos quatro cantos da terra, como um novo Batista. O teu exemplo enriquecerá os homens sedentos de justiça e a luz que irradias, iluminará as mentes sãs dos que hoje veneram a tua memória.
Nunca morrerás no coração da tua Guarabira, que galhardamente comparavas a Paris. Continuarás sendo o ídolo, o mestre, o companheiro, o amigo, aspergindo o perfume do teu amor entre os que aqui ficaram. Um dia estaremos todos juntos na eternidade, compartilhando a tua glória, e as nossas lágrimas já não serão de saudades pois choraremos de alegria pelo reencontro com o homem que fez da sua vida um exemplo. Exemplo que deixou á sua geração indelevelmente gravado no livro da posteridade.
                                      Guarabira, 11 de dezembro de 2016
                                                                                                  Marisa Alverga
Música preferida de Osmar: LUZES DA RIBALTA