terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A SABEDORIA DO MENDIGO

30 de dezembro de 2012


Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira lata marrom com manchas brancas, que atendia pelo nome de Malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.

Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras.

Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não havia recebido nem um pouco de comida.
Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos.

Serapião agradecia e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava. Tudo que ganhava, dava primeiro para o Malhado, que paciente comia e ficava a esperar por mais um pouco. Não tinha onde dormir; onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão Bonito e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte. Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor que Serapião levava.


Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram certo dia quando ambos andavam à toa pelas ruas.
Nossa amizade começou com um pedaço de pão -disse o mendigo. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu abanando o rabo, e daí não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso. Como vocês se ajudam? Perguntei.

Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode. Continuando a conversa, perguntei:
Serapião, você tem algum desejo de vida?
Sim, respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina. Só isso? Indaguei. É, no momento é só isso que eu desejo. Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço.

Por que você deu para o Malhado logo a salsicha? - Perguntei intrigado. Ele, com a boca cheia, respondeu: Para o melhor amigo, o melhor pedaço. E continuou comendo, alegre e satisfeito.
Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e saí pensando com meus botões:
Aprendi alguma coisa hoje. Como é bom ter amigos. Pessoas em quem possamos confiar. E saber reconhecer neles o seu real valor, agindo em consonância. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal.

Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita:
"PARA O MELHOR AMIGO, O MELHOR PEDAÇO"

Postado por Marisa Alverga


A PROVA

CONCURSOS E PRÉ – VESTIBULAR



A PARTIR DE 02 DE JANEIRO DE 2013, VOCÊ PODERÁ FAZER SUA OPÇÃO PELO A PROVA

Local: 1º ANDAR DA GRÁFICA MODERNA, À RUA COSTA BEIRIZ, 160 – CENTRO – GUARABIRA-PB

ORGANIZAÇÃO:
MARISA ALVERGA
ZENARK MARQUES
GISLAINE TARGINO

INFORMAÇÕES: (83) 8888-1587 – Marisa Alverga
8816-2858 – Zenark Marques
8787 – 1468 Gislaine Targino


 PRECE DE NATAL



                                  Senhor: 

       Envelhecer é um privilégio e eu Te agradeço pela longa vida que me concedeste. Eu Te sou grata pela família que escolheste para me trazer à vida e pela família que eu própria criei.

                        Na longa estrada que percorri nem sempre encontrei flores, mas  espinhos que me feriram os pés e me ensinaram a conviver com a dor e a sorrir por entre as lágrimas.

                        Neste Natal, Senhor, nada Te peço porque de nada preciso, pois me deste tudo sem que precisasse pedir-Te. Há pão na minha mesa, roupa para me cobrir o corpo, sandálias para que meus pés não sejam feridos pelas pedras do caminho; há risos na minha casa, calor na minha lareira, flores no meu jardim e o cantar dos pássaros me embevece a vida!

                        Neste Natal, Senhor, dirijo-Te a minha prece em favor daqueles que pelo mundo afora morrem de inanição, sem um pedaço de pão para mitigar-lhe a fome; peço-Te pelos que dormem  ao  relento, sem um trapo para cobrir-lhe o corpo para que  o frio das noites não lhes enregele também a alma; pelas crianças abandonadas por seus próprios  pais , jogadas na vida,  sem pão nem teto; pela velhice desamparada pelo descaso da sociedade que lhe nega até o direito de existir; neste Natal, Senhor, eu Te entrego  o meu coração  agradecido e a minha prece pelos menos afortunados, implorando-te pela Paz Universal, por um mundo menos injusto, onde o amor reine como Senhor  absoluto e a esperança seja a certeza de um ano novo sem forme, nem miséria, sem crianças abandonadas,  sem desemprego, sem velhice desamparada,  sem drogas, sem violência e sem desamor!

                                                               ( Do livro Na Varanda da Vida)





NOITE DE NATAL

 


Na festa maior da cristandade, o mundo se engalana para comemorar o nascimento de Cristo, um Cristo que se imolou pela humanidade.
                Árvores enfeitadas, ruas e praças iluminadas, presentes, ceias, festas no mundo inteiro prenunciam o nascimento do Salvador e tudo é alegria!
                    Em meio a tanta celebração, penso nas crianças  que não conheceram seus pais ou que vivem, apesar delas, entregues ao próprio destino, sem roupa, sem lar, famintos e sem um sapatinho para esperar o presente de Papai Noel, se é que algum deles já ouviu falar nesse ser mitológico!

                      A velhice desamparada, doente, entregue ao deus-dará, com frio, dormindo ao relento, com o céu por cobertor, implorando a caridade alheia, sem que ninguém se importe se tem fome ou sede, de justiça, inclusive! Alguns, jogados em Abrigos - que de abrigo só tem o nome -, outros relegados ao descaso dos próprios filhos, num lar desfeito pela ausência do amor!
            Penso na leva de desempregados criados pelo sistema, pessoas que viviam dentro de um padrão que o seu salário permitira e de repente não têm pão para alimentar os filhos!.
            Crianças que não nasceram, abortadas que foram no ventre materno! Idosos, adultos jovens ou crianças que nunca freqüentaram uma escola, que jamais receberam um beijo, que nunca sentiram o calor de um abraço, que desconhecem o sentido da fraternidade, que não vivem,ç apenas existem, porque viver não é passar fome, não sentir frio; é amar e ser amado.
            E quem de nós, na Noite de Natal, lembra-se do aniversariante? Que presente oferecemos a Jesus na sua data natalícia? E Ele espera tão pouco de nós!
                        Neste Natal, Senhor, eu Te entrego o meu coração agradecido e a minha Prece pelos menos afortunados, implorando-Te pela PAZ UNIVERSAL, por um mundo menos injusto, onde o Amor reine como senhor absoluto e a ESPERANÇA seja a certeza de um ANO NOVO sem fome, nem miséria, sem crianças abandonadas, sem desemprego, sem velhice desamparada, sem drogas, sem violência e sem desamor!


                   Aos leitores do PROGRAMASEMFRONTEIRAS.BLOGSPOT.COM e aos ouvintes do SEM FRONTEIRAS,  pela Rádio Rural de Guarabira,  o meu abraço e o desejo de um Natal de Amor e um ANO NOVO de muita PAZ!

                                                                                                    (Do livro NA VARANDA DA VIDA)



                                                                                                                   Marisa Alverga





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