Por ocasião de uma viagem ao Estado do Paraná, D.Pedro II foi hospedado em Ponta Grossa, por um fazendeiro rude, mas trabalhador e leal.
Sem
maiores cerimônias, ofereceu um almoço ao Monarca, e disse-lhe:
Senhor Imperador! Eu podia ter feito mais alguma
coisa. Podia ter matado mais uma vitela, mais um peru. Mas preferi assinalar de
outro modo a vossa passagem por esta terra, e a honra de vir a esta sua casa:
libertei todos os meus escravos, cerca de setenta, e peço a Vossa Majestade o
favor de lhes entregar as cartas de liberdade!
Ao
voltar à corte, o soberano recebeu, do Ministro do Império, os decretos que
identificavam as pessoas que o haviam homenageado durante sua excursão. Notou
que, para aquele fazendeiro paranaense, havia sido guardado o título da Ordem
da Rosa.
Isto é pouco para esse homem. Declarou o Imperador. Faça-o Barão!
Mas, Majestade, -
questionou o Ministro, - ele é quase um analfabeto.
Pedro
II fitou-o determinado e respondeu:
Não será o primeiro! Esse fazendeiro é um homem
muito digno e tem este merecimento. Mande-me o decreto fazendo-o Barão dos
Campos Gerais.
*
* *
A
História do Brasil nos traz esta passagem, que revela aos homens a melhor
maneira de se homenagear seu Criador, seu Soberano: fazer o bem.
Deus
não deseja homenagens vistosas, não deseja cerimoniais luxuosos, sacrifícios
humanos. A forma mais bela de reconhecer Sua grandeza, de mostrar como somos
gratos por tudo que somos, por tudo que temos, está no amor a Suas criaturas,
Seus filhos.
O
fazendeiro da história libertou seus escravos. Nós podemos, quem sabe, dar
liberdade a quem amamos, procurando erradicar de nossas vidas o ciúme
desequilibrado.
Ou
doarmo-nos um pouco mais a quem precisa, concedendo alguns instantes de atenção
a quem está ao nosso redor, procurando ouvir mais, procurando guardar um tempo
em nossos dias atribulados para perguntar Como vai você?, e esperar pela
resposta, realmente desejando saber como vai aquela outra vida, aquele próximo.
Não há
homenagem mais bela a Deus do que praticar a Lei maior do Universo, a Lei de
Amor.
Amando
a criatura estaremos amando seu Criador.
*
* *
Admirar,
sentir, respeitar a natureza é uma das formas de louvar a Deus.
Procuremos,
nos instantes do dia, quando nossos pulmões encontrarem os ares da manhã, fazer
uma prece, agradecendo pela vida, por mais um dia, pelo espetáculo belíssimo
das obras de Deus a inspirarem nossos corações, concedendo-nos a certeza plena
de que estamos protegidos, e de que fazemos parte de um Universo perfeito.
Redação
do Momento Espírita, com base no livro Chico Xavier, D.Pedro II
e o Brasil, de Walter José Faé, ed. Cor.
OBS. Adicionado por Marisa Alverga
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