segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ROTINA

Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias
as mesmas pessoas no caminho; passar horas trabalhando.
Chego em casa e meu marido sempre do mesmo jeito, com a mesma disposição, a mesma comida para o jantar.  Entro no banho e logo ele começa a reclamar.
Quero descansar e assistir minha novela,  mas meus filhos não me deixam,  porque querem brincar comigo e conversar. 
Não entendem que estou cansada.
Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca.
“Quero Paz”.
A única coisa boa é dormir.
Ao fechar os olhos sinto um grande alívio,  me esqueço de tudo e de todos.

Ao dormir ...
-“Olá, vim te ajudar”.
Quem é você? Como entrou?
-“Sou um servo de Deus. Ele disse que ouviu suas queixas  e que você tem razão”.
Isso não é possível, para isso eu teria que estar...
-“Isso, você está. Não se preocupará mais em ver sempre  as mesmas pessoas,  nem por agüentar o seu marido com suas reclamações  e sua disposição, nem seus filhos que a irritam,  nem terá que escutar os conselhos de seus pais e não terá mais qualquer casa para cuidar.”
Mas... Que acontecerá com todos? Com meu trabalho?
Minha casa ?
Não se preocupe. No seu trabalho já contrataram  outra pessoa para o seu lugar e ela certamente  está muito feliz porque estava sem trabalho”.
E meu marido, meus filhos?
“Ao seu marido foi dado uma boa mulher que lhe quer bem,  respeita-o  e o admira por suas qualidades, aceita seus gostos e defeitos e todas as suas reclamações.
Além disso, ela se preocupa com seus filhos como se fossem filhos dela.
De certo, tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar  com eles e para agradar seu marido.
Todos estão muito felizes”.
- Mas não quero isso!
- “Sinto muito, a decisão foi tomada”.
Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho  dos meus filhos, nem dizer “eu te amo” ao meu marido e mostrar a eles o quanto são importantes na minha vida,  nem dar um abraço nos meus pais.
Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer  junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de 1 ano,  levar meus filhos ao passeio que sempre prometi.  Não quero morrer ainda...
Mas era o que você queria... Descansar.
Agora já tem seu descanso eterno, durma para sempre”.
- Não, não quero, por favor, Deus!
..... “ Que aconteceu amor? Teve um pesadelo?”
Disse meu marido me acordando com paciência e carinhosamente.
Sim, um pesadelo horriv....
Parei a frase ao meio, olhei em seu rosto, seu semblante preocupado comigo, ali do meu lado,  e então, sorrindo falei:
Não meu amor.... não tive pesadelo nenhum, tive um encontro com Deus,
que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.


Postado por Marisa Alverga

domingo, 29 de janeiro de 2012

A PROPOSTA

                 Era uma vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e o seu comportamento eram uma decepção para seus pais, que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.
Um dia, o pai lhe propôs:
               - Se você, meu filho, mudar o seu comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular de Medicina, lhe darei um carro de presente.

              Por causa do carro o rapaz mudou de atitude. Passou a estudar como nunca, e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversa sincera, mas apenas do interesse de obter um automóvel. O que não era nada bom
            O rapaz estudou com afinco e aguardou o resultado dos seus esforços. Assim, o grande dia chegou. Fora aprovado no vestibular.     Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz abriu, emocionado, um pacote que o pai lhe dera. Para sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou, visivelmente, decepcionado e nada disse.             
           A partir daquele dia a distância e o silêncio separaram pai e filho. O jovem sentia-se traído e agora lutava por sua independência. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus Universitário. Raramente mandava notícias à família.
          O tempo foi passando, e ele se formou, conseguiu um emprego num bom hospital, e se esqueceu completamente do pai.
         Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão.
        O velho, muito triste com a situação, não resistiu. Faleceu. No enterro, a mãe entregou ao filho, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai, e que ele havia deixado para trás.
        De volta à sua casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, ao colocar a Bìblia numa estante, notou que havia um envelope dentro dela e, ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque.    
       A carta dizia:
      "Meu filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para você comprar um. Escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor,   a Bíblia Sagrada. Nela aprenderás os ensinamentos de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência".
      Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto, não perdoando a si próprio.
      Como é triste a vida dos que não sabem perdoar!
      Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior.
     Antes que seja tarde, perdoe aquele que você pensa que lhe fez mal.
    A vida é muito curta e não podemos perder tempo guardando remorso.
    Se olhar com cuidado, quem sabe você encontra um "cheque escondido",em cada adversidade da sua vida!   
 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lei do Caminhão de Lixo: Por Arnaldo Jabor
 
Um dia peguei um táxi para o aeroporto.
Estávamos rodando na faixa certa quando um carro preto saiu de repente do estacionamento direto na nossa frente.
O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro, foi mesmo por um triz!
O motorista desse outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente.
Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro, a nós e quase nos manda para o hospital?!?!'
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo.
Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento.
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar    para descarregar e às vezes descarregam sobre a gente.
Nunca tome isso como pessoal.
Isto não é problema seu! É dele!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente.
Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, EM CASA, ou nas ruas.
Fique tranquilo... respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia.
A vida é muito curta, não leve lixo com você!
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.
A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe!

Tenha uma boa semana e lembre-se: livre-se dos lixos!"
Arnaldo Jabor

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O QUE FOI QUE O MENDIGO DISSE

Estava triste, desmotivado. Sua mulher havia deixado de amá-lo.
Levantou da cama e vestiu-se naquela manhã de domingo.
Sem nada para fazer, saiu de casa e andou sem rumo.
Até aquele dia, nunca tinha reparado como era penoso viver sem amor.
Depois de andar durante horas, sentou-se à sombra de uma árvore frondosa no
banco de uma praça, de cabeça baixa.
Ao seu lado, sentou-se um homem que, pelo seu aspecto, pareceu-lhe um mendigo.
Quase se levantou para seguir o seu caminho, mas o sorriso do homem o reteve.
Aos poucos, se estabeleceu um diálogo e uma animada conversa que se estendeu por horas.
Finalmente, o marido se levantou do banco, deixando dinheiro na mão do mendigo.
Sua postura já estava diferente. Agora, com passo enérgico, voltou para casa,
tomou banho, fez a barba e se vestiu com todo cuidado.
Saiu sem dar explicações e sua mulher, que já não o amava, se mostrou levemente
curiosa com a sua nova atitude. Voltou à noite, bem tarde.
No dia seguinte, cumprimentou gentilmente sua mulher e foi trabalhar.
Na volta, vestiu um short, calçou tênis e fez uma longa caminhada noturna.
Dormiu com excelente disposição. O dia seguinte foi igual, talvez melhor.
Sua mulher, que não o amava, e seus filhos se surpreenderam.
Parecia ter perdido a tristeza.
Ganhara uma força e uma elegância que a família nunca antes tinha notado.
Continuou a ser gentil com a mulher, mas nunca mais lhe pediu desculpas ou
explicações, nem exigiu que fizesse amor com ele.
Passaram-se semanas.
A atitude do marido continuava firme e a disposição otimista instalou-se de vez.
A mulher sentia-se cada vez mais intrigada com a mudança miraculosa do marido
e teve mais simpatia por suas novas atitudes, sábias e moderadas.
Embora ela persistisse em não amá-lo, ele melhorava seu desempenho como
pessoa e como pai.
Agora, os amigos o procuravam.
Era evidente que tinha se transformado num homem sábio.
Quanto a mim, sou um sujeito profundamente curioso, talvez por ser escritor e
fui à mesma praça onde estivera o marido a fim de procurar o mendigo.
Pude reconhecê-lo imediatamente. Sem vacilar, sentei-me a seu lado.
Apresentei-me e perguntei o que ele tinha dito para o marido.
Sorrindo, o mendigo me respondeu: "Ah, lembro... Não dei grande conselho.
Disse-lhe apenas que, com minha experiência de mendigo, aprendi que nunca
se deve pedir dinheiro e, pelas mesmas razões, jamais se deve suplicar amor.
Essas são duas coisas que sempre nos negam quando as pedimos".
E sorrindo, acrescentou: "O dinheiro, a gente ganha; o amor se conquista".

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


A SAUDADE QUE DÓI
Miguel Falabella

Trancar o dedo numa porta,  dói...
Bater com o queixo no chão...  Dói...
Torcer o tornozelo...  Dói...
Um tapa... Um soco...  Um pontapé... Doem...
Dói bater a cabeça na quina da mesa.
Dói morder a língua... 
Dói cólica...  Cárie e Pedra no rim...
Mas o que mais dói
                     é a Saudade!
Saudade de um irmão que mora longe...
Saudade de uma cachoeira da infância...
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais...
Saudade do pai que morreu...
Do amigo imaginário que nunca existiu...
Saudade de uma cidade...                         
Saudade da gente mesmo, que o tempo    não perdoa...
Doem essas      saudades    todas!
Mas a saudade mais dolorida, é a saudade de  quem se ama.
Saudade da pele...   Do cheiro...   Dos beijos...
Saudade da presença,  e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto,
sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo,  quando o amor de um acaba,  ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber...
Saudade é basicamente não saber...
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio...
Não saber se ele continua sem fazer a barba  por causa daquela alergia...
Não saber se ela ainda usa aquela saia...
Não saber se ele foi -consulta com o
dermatologista como prometeu...
Não saber se ele tem comido bem por causa daquela mania de estar  sempre ocupado...
Se ele tem assistido as aulas de inglês...
Se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial...
Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros...
Se ele continua preferindo Malzebier...
Se ela continua preferindo suco...
Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor...
Se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados...
Se ele continua cantando tão bem...
Se ela continua
detestando o Mac  Donald's...
Se ele continua amando...
Se ela continua a chorar até nas comédias....
Saudade é não saber mesmo!...
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos...
Não saber como encontrar
tarefas que lhe cessem o pensamento...
Não saber como
frear as lágrimas diante de uma música...
Não saber como vencer
a dor de um silêncio que nada preenche...
Saudade é não querer saber
se ela está com Outro... 
E ao mesmo tempo querer....
É não saber se ele está feliz...
E ao mesmo tempo perguntar
a todos os amigos por isso...
É não querer saber
se ele está mais magro...
Se ela está mais bela.
Saudade ...                                                                                           É nunca mais saber de quem se ama...                                                                                  E ainda assim doer!

Saudade...                                                                  
  É isso que senti enquanto estive escrevendo
e o que você... Provavelmente...                                                             Está sentindo agora que acabou de ler..."
"A vida é uma peça de teatro que não permite  ensaios...
Por isso...  Cante...  Ria...  Dance... 
Chore  e  viva  intensamente
cada  momento  de  sua  vida...
Antes que a cortina se feche e a peça termine sem Aplausos".
Aproveite todas as oportunidades que a vida lhe oferecer...
Saudade...
Eita palavrinha triste...
É... Saudade... Só sabe o peso  e a força que ela tem, quem já sofreu por ela.
Quem passou noites em claro...
Desistiu de alguns sonhos...
Mudou de hábitos e idéias...
Teve dificuldades de levantar pela manhã...
Acreditou-se sozinha(o)...
Foi forçada(o) a  mudar os planos...
Lutou contra a maré pra esquecer... E contra si mesma(o)...
Teve que aprender a sorrir pra não chorar...
E a chorar quando não podia sorrir...
Mas quando se é jovem tudo tem uma cor diferente...
O impossível até tem lugar nos sonhos...
Mas quando os anos passam... Aí é que se sente a força enorme e a dor causada por essa tal de saudade!
(Eu)

Postado por Marisa Alverga





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


A LÍNGUA

Era uma vez um pescador chamado Drid. Era um homem distinto, era vigoroso, de ar franco e seu olhar, quando ele ria, era tão vivo quanto o sol. Ora, eis o que lhe aconteceu:
Uma manhã, quando ele andava ao longo da praia, com sua vara de pesca sobre as costas, o rosto ao vento e os pés na areia molhada pelo movimento das ondas, encontrou em seu caminho um crânio humano. Esta parte humana depositada entre as algas secas, excitou imediatamente seu humor alegre e brincalhão. Ele parou diante do crânio, se inclinou e disse:
 Crânio, pobre crânio quem te conduziu até aqui?
Ele riu, não esperando nenhuma resposta. No entanto os maxilares esbranquiçados da peça se abriram num rangido e o pescador escutou esta simples frase:
- A Língua...
Drid saltou para trás; ficou um momento afoito como um animal assustado; depois vendo a cabeça do velho defunto tão imóvel e inofensiva quanto uma pedra, pensou ter-se enganado por algum sussurro da brisa, reaproximou-se prudentemente e repetiu, a voz tremendo, sua questão:
- Crânio, pobre crânio, quem te conduziu até aqui?
- "A Língua..." respondeu o interpelado, desta vez com um quê de impaciência dolorosa, e uma indiscutível clareza.
Então Drid levou os punhos ao peito, soltou um grito de pavor; recuou, os olhos esbugalhados, deu meia volta e correu com os braços para o céu, como se mil diabos estivessem em seu encalço. Ele correu assim até sua aldeia.
Entrou como um raio nos aposentos de seu rei. O rei era um homem gordo que estava majestosamente sentado à mesa, degustando sua refeição matinal. Drid caiu a seus pés e, todo suado e arfando, disse:
- "Rei, na praia, lá longe, há um crânio que fala".
- "Um crânio que fala!", exclamou o rei. "Homem, estás sóbrio?"
- "Sóbrio, eu? Misericórdia eu não bebi desde ontem mais que uma cabaça de leite de cabra... Rei venerado, eu te suplico que acredite em mim, e eu ouso novamente afirmar que encontrei agora há pouco, quando eu ia à minha pesca cotidiana, um crânio tão perfeitamente falante como qualquer ser vivente".
- "Eu não acredito em nada disto, respondeu o rei. No entanto é possível que tu digas a verdade. Neste caso, não quero arriscar-me a ser o último a ver e ouvir esta considerável manifestação de um morto. Mas te previno: se por engano ou má intenção tu foste levado a vir contar-me uma lorota, homem de nada, tu o pagarás com tua cabeça!"
- "Eu não temo tua cólera, rei perfeito, porque sei bem que não menti", disse Drid, correndo já em direção à porta.
O rei estalou os dedos, tomou seu sabre, colocou-o na cintura e se foi trotando atrás de sua guarda, com Drid, o pescador.
Caminharam ao longo do mar até o monte de algas onde estava o crânio. Drid se inclinou e acariciando amavelmente sua fronte rochosa disse:
- "Crânio, eis diante de ti o rei da minha aldeia. Peço, por favor, diga-lhe algumas palavras de boas vindas".
Nenhum som saiu das mandíbulas de osso. Drid se ajoelhou, o coração batendo mais rápido.
- "Crânio, por piedade, fale. Nosso rei tem uma orelha fina, um murmúrio lhe será suficiente. Diga-lhe, eu te suplico, quem te trouxe até aqui".
O crânio miraculoso não pareceu entender mais que um crânio vulgar; permaneceu tão firmemente depositado quanto o mais medíocre dos crânios, tão mudo quanto um crânio imperturbavelmente instalado na sua definitiva condição de crânio, sob o grande sol entre as algas secas. Pois, calou-se obstinadamente.
O rei, fortemente irritado por ter sido incomodado por nada, tirou seu sabre da cintura com um rápido movimento.
- "Maldito mentiroso!", disse ele.
E sem outro julgamento, de um golpe certeiro arrancou a cabeça de Drid. Após o que, voltou reclamando para os seus assuntos de rei, ao longo das ondas.
Então, enquanto o rei se distanciava, o crânio abriu enfim seus maxilares rangendo e disse à cabeça do pescador que, rolando sobre a areia, viera juntar-se à sua, face contra face:
- "Cabeça, pobre cabeça, quem te conduziu até aqui?"
A boca de Drid se abriu, a língua de Drid saiu entre seus dentes e a voz de Drid respondeu:
                                                                       “Foi a Língua”


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

OS TRÊS CONSELHOS

Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa:
- Querida eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável.
Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda.
Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, le propôs um pacto ao patrão:
- Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor.
Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o Senhor me dispensa das minhas obrigações.
Não quero receber o meu salário.
Quero que o Senhor o coloque na poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.
Tudo combinado, aquele jovem trabalhou muito, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse:
- Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe disse:
- Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta. Curioso ele pregunta qual a proposta e seu patrão lhe diz:
- Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos não lhe dou o dinheiro.
Vai pro seu quarto, pensa e depois me dá a resposta.
O rapaz pensou durante dois dias depois procurou o patrão e lhe disse:
- Eu quero os três conselhos.
- Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.
- Eu quero os conselhos.
O patrão então lhe falou:
1º  "Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e
desconhecidos podem custar a sua vida";
2º " Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal
pode ser mortal";
3º " Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode
se arrepender e ser tarde demais";
Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim:
- Aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa.
O rapaz  seguiu o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou:
- Pra onde você vai?
- Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.
- Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes menor e você vai chegar em poucos dias.
O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho do seu patrão: "Nunca tome atalhos em sua vida,
caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida".
Então voltou e seguiu o seu caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se.  De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor e muito barulho. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para sair.
Quando lembrou do segundo conselho:

" Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal". Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que sim
- Então por que não ver o que era,  não ficou curioso?
Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou:
- Você é o único que sai vivo daqui,  um louco gritou durante a noite e quando os hóspede saia ele o matava.
O rapaz seguiu seu caminho e depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa.
O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha sentado no colo de um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Ao ver aquela cena o seu coração se encheu de ódio e amargura e ele decidiu matar os dois sem piedade.
Apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho: "Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais". Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:
- Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela.
Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Ao abrir a  porta esposa  reconhece o seu marido e se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue, tamanha a felicidade dela. Então com lágrimas ele lhe diz:
- Eu fui fiel a você e você me traiu.
- Como? __ e ainda espantada diz_ Eu não lhe traí, o esperei durante esses vinte anos.
- E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
- Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade.
Então ele conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história enquanto a esposa preparava o café e sentaram-se para tomar o café e comer o último pão.
Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro...!

Autor desconhecido

Postado por Marisda Alverga

ET: Sábado,  14 de janeiro de 2012, às 20:00h, no Teatro GERALDO ALVERGA, em Guarabira, Show Musical "MARÉ MAR", com Chico Neto. Ingresso: R$ 5,00. PRESTIGIE O QUE É NOSSO
 

domingo, 8 de janeiro de 2012


O SEGREDO DO SUCESSO É A CONSTÂNCIA DE PROPÓSITO
Benjamin Disraeli

Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas.
 A diferença entre um fracasso e um sucesso não é aquilo que sai errado. Tanto os que fracassam quanto os que atingem o sucesso, em qualquer área da vida, cometem erros. Muitos cometem erros enormes. Deixe-me repetir isso para que Você compreenda: tanto os que fracassam, quanto os que atingem o sucesso, em qualquer área da vida, cometem erros. Muitas vezes, os mesmos erros. Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas.
Em qualquer momento da história, em qualquer país do mundo, e, em qualquer mundo do Universo, não existe nenhuma diferença nos erros cometidos pelos que têm sucesso e os que têm fracasso. Nenhuma diferença. Na verdade, normalmente, os que levam os troféus da vida cometem erros maiores, mais caros e mais dolorosos do que aqueles que ficam comendo pipoca na arquibancada da existência. Naturalmente, a imagem que fica dos vencedores é aquela do podium, do momento em que o “herói” levanta o troféu. Mas é somente uma cena do filme da vida dos vitoriosos. A cena editada.
Quantas vezes Você viu Ayrton Senna deprimido, chorando, triste, bravo, suando enquanto reclamava que não conseguia fazer “Cooper”porque seu peito parecia doer? Provavelmente, nenhuma. mas ele era humano, e, por isso, também fracassava. Ainda assim,                              Você tem a imagem do seu carro cruzando a linha de chegada, ele carregando a bandeira do Brasil e a música eternizada do “tan-tan-tannnn tan-tan-tannn”. Você se lembra dele no topo do podium, levantando o troféu. Você lembra do minuto da vitória. Apenas quem conviveu com ele lembra das horas de preparação, dos dias de esforço, das milhares de vezes que ele errou e, rapidamente, corrigiu seu rumo.
Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas. Ayrton Senna cometeu todos os erros que um piloto pode cometer. Mas ele tinha um propósito e não desistiu jamais. Anote isso em sua mente: tanto os que fracassam, quanto os que atingem o sucesso, em qualquer área da vida, cometem erros. Muitas vezes, os mesmos erros. Mas os que têm sucesso não desistem. Eles continuam. Eles têm constância de propósito.
Você errou. Doeu, talvez não somente em Você, mas em outras pessoas. Você sofreu. Você teve sua carne marcada pela vida como o fazendeiro marca seu gado com ferro quente. Ótimo. Isso prova que Você está mais próximo do podium, mais perto de atingir seu sonho. Talvez a marca tenha sido causada por uma crise no casamento, um emprego perdido, um filho envolvido com o submundo, uma escolha errada na Universidade. Chore. Viva o sofrimento. .
Fique triste, absorva a derrota. Não finja que não sofreu. Sofra. Você faz parte da raça humana, e isso é normal. Mas faça tudo isso somente na hora da queda. Assim que a vida tirar o ferro quente da sua carne, vire a página e, como Ayrton Senna, olhe a próxima pista, o próximo desafio, os próximos erros e a próxima vitória. Leve com você a marca que a vida lhe deu. Ela é a parte de tudo de bom que você é agora, ou vai ser.
Como disse Benjamin Disraeli, “o segredo do sucesso é a constância de propósito”. Você fez uma burrada? Excelente. Somente quem faz parte dos personagens do filme fazem burradas. Os outros pagam o ingresso no cinema para assisti-los. Entre no filme da sua vida. Você não fracassa por fazer as coisas erradas. Fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas. Tente novamente, por mais improvável que seja. Tente. Tente. Tente!
Não importa o tamanho de sua queda, do seu erro, da sua derrota, você está mais próximo agora do que estava antes. Por isso, não desista. JAMAIS!

Postado por Marisa Alverga



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

        ANO NOVO – 2012— VIDA  NOVA (Será?)

        Um  Novo Ano se aproxima e não se detém por nada. Logo, logo estará aqui e o Ano Velho silenciosamente se despede. A gente nem nota que ele se foi para sempre,  sem adeus, nem até logo e jamais voltará.
        E nós que com ele convivemos por 365 dias, nem saudade sentiremos. Um Ano se foi – diremos – e outro chegou e então nos voltamos inteiramente para esse que chega! Às últimas badaladas  do relógio anunciando a sua chegada, vêm acompanhadas pelo colorido das luzes e o espocar dos fogos e ao borbulho da champangne se misturam os abraços e votos de Feliz Ano Novo.
Planos mirabolantes que nunca se realizarão; sonhos que não se concretizarão é o que desejamos aos outros e a nós mesmos e não há falsidade nisso; são desejos sinceros, como paz para o mundo. Um mundo novo, sem violência, sem drogas, sem fome, nem miséria. Saúde para todos nós, conhecidos ou não, que se tenha dinheiro ou não, pois isso seria obrigação do Governo. O Governo seria o nosso Plano de Saúde, sem distinção de qualquer espécie.
Que não falte escola para os nossos filhos e os filhos dos outros e de boa qualidade, ai incluindo – se professores qualificados e bem remunerados.
Emprego para todo mundo, o que se traduz por mesa farta, roupa decente, remédio para quem precisar, qualificação profissional.
O lazer é tão necessário à vida quanto o ar que respiramos; que o salário permita um cinema, uma ida à danceteria, a uma balada; uma viagem,  unindo  o útil ao agradável, para conhecermos outros costumes, outras culturas; de  vez em quando uma cerveja, num bate-papo gostoso com os amigos.
Aos nossos governantes, caráter, dignidade, vergonha na cara, pois como  dizia Capistrano de Abreu, nos idos de 1926: “ A Constituição Federal precisa apenas de um Artigo: Todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha”.
À noitinha, junto com a vizinhança, cadeiras na calçadas e infindáveis bate-papos, recordações de antigamente, atualidades, ai incluídas poesias, histórias da carochinha, “causos”, piadas, etc,. Sem medo de assaltos. Que a violência seja varrida da sociedade. Filhos matando os pais, pais matando os filhos? Nem em ficção!
Fome? O que é isso? Haverá pão em todas as mesas. Ninguém nem precisa ser caridoso, dividindo o seu pão com os outros, pois todos terão de sobra com que se alimentar.
Drogas? Não, isso não existiria nem em pensamento. Crianças e adolescentes estragando suas vidas por uma pedrinha idiota, enquanto pessoas inescrupulosas enriquecem, graças à desgraça dos outros?  Nem pensar.
São ou não sonhos que nunca se realizarão, desejos que não se concretizarão?
É, mas sonhar é privilégio de todos e se nunca se realizarem, mesmo assim são belos porque são sonhos.
Marisa Alverga
Gba, 31 de dezembro de 2011

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