Guarabira, 03/01/2016
Esse
poema é uma homenagem pelas edificações da fé realizadas em muitas famílias
através das missas dos freis capuchinhos que a comunidade católica de Guarabira
ganhou !!! Agradece Valéria
Barreto e toda a assembleia católica guarabirense!!
A/DEUS, Detinha
Um jovem frei !!!
Jovem pastor,vieste apascentar as ovelhas do Senhor,
Jovem homem, capaz de nos trazer e ensinar a fazer o bem,
Jovem adolescente, nos entusiasma o seu espírito contente
Jovem menino, realiza as missas com amor, nos faz chegar ao
Divino
Quem és tu, tão jovem Frei?
Tão sábio em suas
pregações
Explica-nos a Palavra
do nosso Rei,
desfazendo a dureza dos corações
Inspirado por Jesus Cristo nos ensina a usar a fé
Sua clareza ao falar
abre os entendimentos
Reanima o desejo de ir buscar Javé
Marcando o domingo com belíssimos momentos
Tu és um amigo confessor, um
confessor amigo
Descreve-nos com detalhes o que
é ser joio
Para desejarmos ser um belo
trigo
E subirmos a Jesus, todos num
comboio
Eis que lá vem ele
Tão excelente professor
Os alunos vêm para através dele
Ouvir as palavras de Vida do Senhor
E o que falar do teu senso de humor?
Sua alegria é contagiante,
Os sorrisos provocados por ti, orador
Fazem de ti uma pessoa marcante
Dedicado, paciente e atencioso
A tudo fazes com muito carinho
Capuchinho tão
bondoso
Deixa até filar no jornalzinho
Contigo vieram 3 jóias
preciosas
Franklin, Nunes e Jorge tão
notáveis
Felizes somos de ter suas
presenças graciosas
Freis muito queridos e amáveis
Jorge,amigo fiel até o fim
O mal, quando o vê, sai
correndo
Ao ouvir sua voz de Serafim
“Pode vir quente que eu estou
fervendo !”
Nós aqui, pequenos aprendizes de Jesus
Maravilhados ficamos com as passagens bíblicas
Queremos do Nosso Senhor a Vossa Luz
Copiar vossas obras e torná-las públicas
Quem de nós imaginaria
Que viveríamos um
tempo gáudio?
Um presente de Deus chegaria
Para sempre, o nosso amigo, Frei Cláudio !!
A/DEUS, Detinha
Você partiu,
assim, inesperadamente. Sem até logo , sem despedida ou adeus.
Pegou uma cidade inteira de surpresa. Ninguém esperava por
isso, até porque não era do seu feitio alardear suas atitudes, causando impacto com o seus
feitos.
Você se foi
silenciosamente, sem alarde, assim como viveu.
Os seus atos não eram anunciados com uma trombeta, mas, diríamos, como
um violino, suavemente.
No consegui
esquecê-la nem por um momento, imagino, portanto, como tem sido difícil para os
seus filhos, seu esposo, sua família,
enfim.
Costumo
dizer que ninguém morre de uma vez. A gente vai morrendo aos pouquinhos na
morte dos que amamos. Cada um que vai
leva um pedacinho da gente e a vida nunca mais será a mesma.
Não pretendo
aqui falar dos seus méritos como professora, educadora. Guarabira inteira
conhece os seus feitos, inclusive quando assumiu a Secretaria de Educação do
município recebeu uma Medalha de Ouro outorgada pelo MEC por um projeto
denominado LER, ESCREVER E CONTAR. Quero, apenas, despedir-me de você,
dando-lhe o meu adeus, recordando tanta
coisa que fizemos juntas.
Uma vez fomos – você e eu - a uma cidade vizinha
contratar um palhaço para uma apresentação no Colégio e voltamos com o circo
inteiro, o que causou estranheza no corpo docente do Educandário e a nossa
resposta foi suscita: o mundo pertence aos ousados. Os que pensam muito acabam
não fazendo nada.
Deus é
mistério e mistério não é para ser entendido e sim para ser aceito. Há muito
deixei de interrogá-Lo com os meus “porquês”. Por exemplo, havia mesmo necessidade
de você ir agora? Que falta você estava fazendo no Céu? Deus, por certo, tem outro planos, uma vez que na Terra a sua
missão foi concluída.
A/DEUS, Detinha, que o seu reencontro
com Ele seja eivado daquele amor que você distribuiu pelo mundo. Ele,
certamente, vai se lembrar quando deu de
comer a quem tinha fome, visitou um doente no Hospital, ou no cárcere quando
levou lenitivo a um detento ou ainda quando cobriu a nudez dos desvalidos da
sorte que só dispunham de jornal para aquecê-lo nas noites frias e sem luar.
Ele não vai
esquecer do ancião que encontrou a sua
mão substituindo a do filho que não se lembrou de que se não fosse ele, o outro
nem vida teria.
Ele,
onisciente e onipresente, estava na porta do Paraíso para recebê-la e abraçá-la
com um ramalhete de violetas com as folhas
em forma de coração.
Aí, onde
você hoje está, nada mais poderá feri-la, a calúnia e a inveja não mais a alcançarão.
Afinal, você hoje, como filha predileta,
é hóspede de Deus.
Seja feliz,
Detinha. A serenidade foi sempre a sua marca registrada e foi serena
que você ao encontro Dele.
A nós, que
aqui ficamos, resta a SAUDADE, sem perfume e sem beleza, mas nem por isso deixa
de ser saudade.
A/DEUS
Detinha. Até um dia. Quando? Sabe Deus.
Marisa Alverga
Guarabira,
24 de outubro e 2015