sábado, 16 de fevereiro de 2013

Onde apareceu o Carnaval ? No Brasil ou na Europa ?



O Entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa, em países como a Itália e França. O Carnaval era festejado com desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias.
Personagens como a colombina, o pierrot e o Rei Momo também foram incorporados no Carnaval brasileiro, embora tenham a sua origem na Europa.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer as primeiras festas carnavalescas, e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo do século XX. As pessoas usavam máscaras, decoravam os seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades.
É esta a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba actuais.
Mas o Carnaval de Veneza tem mais de 1.500 anos !
Diz-se que os fundadores de Veneza construíram a sua cidade sobre a água para escapar aos invasores comandados por Atila, o Huno, há 1.500 anos atrás !
Será que imaginavam que a sua cidade iria, hoje, receber 1,2 milhões de “invasores” durante os 12 dias de Carnaval ?
O Carnaval de Veneza é, há séculos, o maior evento europeu do ano, segundo Massimo Cacciari.
Segundo reza a história, Veneza recebe altas entidades de todo o mundo, desde sempre. Por exemplo, o famoso Rei da Prússia, tinha o costume de visitar Veneza nesta ocasião do ano, para fazer festas de máscaras, escondendo a sua identidade.
Desde sempre, que estes visitantes da alta nobreza, procuravam Veneza no Carnaval, já então famosa pelos seus Venezianos mascarados, para participarem em festas, organizarem encontros amorosos e praticar jogos de azar sem receio de serem reconhecidos pelos seus credores.
A máscara mais comum era conhecida como “bauta” – branca, de nariz curvo, usada sob uma capa preta, presa por um chapéu de três bicos. Uma vez que tapava completamente o corpo, conferia o anonimato a quem a usava, escondendo o rosto, o status social e até mesmo o sexo do individuo que a usava, permitindo ao “folião” «comer, beber e beijar», segundo descrição do próprio Casanova, o playboy mais famoso da história de Veneza.
La Serenissima, como era conhecida a República de Veneza, recorreu a leis rígidas para tentar limitar o uso de máscaras. Uma delas, em 1498, proibia homens de entrarem em conventos vestidos de mulheres para cometerem actos “desonestos”.
O castigo para quem infringia as leis das máscaras era severo. Mulheres que usassem máscaras eram consideradas prostitutas sendo empurradas à força de chicotadas, da ponte de Rialto até à Praça de S. Marcos. Homens mascarados eram obrigados a cumprir uma pena de 18 meses remando nos porões da frota marítima mais poderosa do Mediterrâneo.
Hoje, a Praça de S. Marcos, será o melhor lugar para ver o desfile de máscaras venezianas tradicionais e originais, que celebra o tricentenário do nascimento do dramaturgo veneziano Carlo Goldoni.

Postado por Marisa Alverga

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