18 de outubro é dia dedicado ao Médico e eu me pergunto onde achar inspiração para falar sobre a mais sublime das profissões! Falar sobre Hipócrates ou Galeno? Citar Pasteur ou os conceitos biológicos atribuídos a Aristóteles? Discorrer sobre as Escolas de Alexandria ou de Salerno? Lembrar os feitos de Oswaldo Cruz ou Carlos Chagas? Recordar o juramento, quando o Médico promete, perante Deus ajudar a curar, não fazer o mal, nem matar e tomar consciência de que não lhe é permitido praticar a eutanásia?
São conceitos que todo mundo conhece, todo mundo sabe, por isso nos limitamos a parabenizá-lo por sua abnegação e amor ao próximo; pelo poder que tem de lenir as misérias humana; de levar o sorriso aonde antes só havia lágrimas; de espalhar a alegria, destronando a tristeza, nos Hospitais, na choupana do pobre ou no palácio do rico.
Merecia, com certeza, não apenas um 18 de outubro, mas os 365 dias do ano, como um justo prêmio a sua dedicação para com os seus semelhantes, aliada ao amor que o leva ao encontro dos enfermos ou a recebê-los nos consultórios com a fronte sempre erguida, indiscriminadamente, amigo ou inimigo, independente do sexo ou da idade, religião ou raça, vendo sempre no homem um irmão que sofre, e não poupa esforços, nem se poupa a si mesmo, na luta ingente de arrancar à morte um corpo enfermo, deixando antever a beleza de Deus no espelho das suas obras.
Reportando-nos há dois mil anos AC, encontramos o famoso Código de Hamurabi promulgando as penas e as recompensas que sancionam o êxito ou insucesso da Medicina, e nos escritos de Hipócrates estão as expressões mais nobres da consciência profissional, impondo respeito à vida, aliada à segurança de si, à dignidade e à discrição.
Inspirado por Deus, fonte última e suprema de todo direito, é o Médico instrumento de Cristo, Senhor da vida e da morte; porta-voz d’Aquele que é o único capaz de sarar os corpos e as almas e que faz ver o valor e a grandeza dos sacrifícios que a medicina lhe impõe.
A ele – o Médico -, compete levar aos homens o socorro da verdade, da Ciência e da Sabedoria de Deus, arrancando à morte os mistérios da vida.
A consciência da função especial que lhe é destinada vem de uma força superior, unificadora pela sua universalidade, clara na sua profundidade, eficaz pela sua necessidade, e essa força superior, outra não poderia ser senão Deus, a última sanção da consciência médica.
Marisa Alverga
OBS . Leia em MENSAGENS: Onde andará meu doutor?
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