sexta-feira, 10 de agosto de 2012


O PAI E O FILHO

Um homem muito rico e seu filho tinham grande
 paixão pela arte. Possuíam obras de grande valor na 
sua coleção, de Picasso a Rafael.
 Sempre se sentavam juntos para admirar aquelas 
preciosidades. Quando o conflito do Vietnã surgiu, 
o filho foi para a guerra e deixou o pai com o 
coração partido.
Durante uma batalha, enquanto resgatava um soldado 
ferido, o jovem foi morto.
O pai recebeu a noticia e sofreu profundamente a
morte  do seu único filho.
 Um mês mais tarde, alguém bateu na porta da sua casa. 
Um jovem com um enorme pacote nas mãos lhe falou:
"O senhor não me conhece, mas sou o soldado pelo qual seu filho deu a vida.
 Ele salvou muitas vidas naquele dia e estava levando-me a um lugar seguro quando uma bala o atingiu no peito e ele morreu na hora.
 Ele me falava sempre do senhor e do seu  amor pela arte. E por isso eu gostaria que o  senhor aceitasse um presente.
 Entregou-lhe o pacote e disse com carinho:
 "Eu sei que isto não é muito pois não sou um grande artista, mas acredito que seu filho ia gostar se o senhor o recebesse".
O pai abriu o pacote e surpreendeu-se com  um retrato do seu filho amado.
Ele contemplou, com profunda admiração, a maneira como o soldado tinha retratado a personalidade do seu filho na pintura.
Ficou tão atraído pela expressão dos olhos do seu filho que os seus próprios marejaram de lágrimas. 
Agradeceu ao jovem soldado e ofereceu-se para pagar-lhe pelo quadro.
 "Oh, não senhor, falou o rapaz.
Eu nunca poderia pagar-lhe pelo que seu  filho fez por mim. É um presente".
Aceite-o, juntamente com a minha gratidão.
 O pai pendurou o quadro acima da lareira e  cada vez que os visitantes e convidados chegavam a sua casa ele lhes mostrava o retrato do seu filho, antes de mostrar sua famosa galeria. Aquele pai morreu alguns  meses mais tarde e publicou-se um leilão para todas as pinturas que possuía.
Muita gente importante e influente foi ao  leilão com grandes expectativas. Sobre a plataforma estava o retrato do seu filho.
O leiloeiro bateu o seu martelo para dar  início e falou: "começaremos o leilão com  este retrato do seu filho. "Quem vai fazer
 a primeira oferta por este quadro?"
 Se fez um grande silencio. Então uma voz, no fundo do salão, gritou: "queremos ver as  pinturas famosas! Esqueça-se desse!".
"No entanto o leiloeiro insistiu:
 alguém oferece algo por esta pintura?
 Cem mil dólares? Duzentos mil dólares?
 Outra voz gritou com raiva: "não viemos aqui por essa pintura! Viemos para ver as de Van Gogh, Rembrant, Rafael, Picasso...
Vamos às ofertas de verdade! Ainda assim, o leiloeiro continuava seu trabalho. "O filho,
 O filho, quem vai levar o filho?! Finalmente, uma voz vinda dos fundos se fez ouvir:
"eu dou dez dólares pela pintura!
Era o velho jardineiro do pai e do filho.
Sendo muito pobre, era o único que poderia  oferecer. "Temos dez dólares, quem dá vinte?
 Gritou o leiloeiro. Outro grito se ouviu ao fundo:
 mostra-nos de uma vez as obras de arte!
 Uma vez mais o leiloeiro insistiu:
"dez dólares pela oferta! Dará alguém vinte?
A multidão já estava inquieta. Ninguém queria o retrato do filho e sim as que representavam valioso investimento para suas próprias coleções.
 Por fim, o leiloeiro bateu o martelo e falou:
 dou-lhe uma, dou-lhe duas...
Vendida por dez dólares!".
O homem que estava sentado na segunda fila gritou feliz: "até que enfim começaremos com a coleção!".
 O leiloeiro soltou o martelo e disse:
"sinto muito damas e cavalheiros,  mas o leilão chegou ao fim."  "Mas, onde estão as pinturas?
Perguntaram assustados?
Sinto muito, falou o leiloeiro.
Quando me chamaram para dirigir este leilão, foi-me falado de uma condição estipulada no testamento do dono da coleção.
Eu não estava autorizado a revelar até este momento, mas agora posso falar.
 Somente a pintura do filho seria leiloada.
 Aquele que a adquirisse herdaria absolutamente todos os bens do falecido, incluindo sua coleção de obras de arte.  Assim, o homem que ficou com o retrato do
 filho herdou tudo. Pense nisso!
Não há bem que possa valer mais do que  um filho. Um verdadeiro afeto se constitui num dos mais valiosos e duradouros patrimônios da alma.
 
Desconheço o autor

Postado por Marisa Alverga


PEDIDO DE UMA CRIANÇA AOS PAIS


Não tenha medo de ser firme comigo
Prefiro assim.
Isso faz com que eu me sinta mais seguro.
Não me estrague.
Sei que não devo ter tudo o que peço.
Só estou experimentando vocês.
Não deixe que eu adquira maus hábitos.
Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
Não me corrija com violência, e nem na presença de estranhos.
Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular.
Não me protejam das conseqüências dos meus erros.
Ás vezes eu preciso aprender pelo caminho mais áspero.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores.
Necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigirem.
Se assim fizerem, poderei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois.
Lembrem-se que isso me
deixará profundamente desapontado.
Não ponham à prova minha honestidade.
Sou facilmente levado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo.
Isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço perguntas,
senão serei levado a procurar respostas na rua
todas as vezes que não as obtiver em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis.
Ficarei extremamente chocado
quando descobrir um erro de vocês.
Não me digam que meus medos e receios são bobos.
Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los.
Não digam que não conseguem me controlar.
Eu me julgarei mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade.
Lembrem-se que eu tenho o meu próprio jeito de ser.
Não vivam apontando os defeitos das pessoas que me cercam.
Isso vai criar em mim,
mais cedo ou mais tarde, o espírito de intolerância.
Não esqueçam que eu gosto de
experimentar as coisas por mim mesmo.
Não queiram me ensinar tudo.
Não desistam nunca de me ensinar o bem,
mesmo quando eu pareça não estar aprendendo.
Insistam com amor e energia.
Insistam através do exemplo e no futuro
vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram.
(desconheço o autor)

Postado por Marisa Alverga



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