quarta-feira, 16 de maio de 2012


OBRIGADA, MAMÃE

              Mamãe: Que dizer-lhe?! Que eu a amo porque você me deu a vida?! Isso está tão badalado!
               Eu a amo porque você caminhou comigo de mãos dadas pelos íngremes caminhos da vida, semeando a minha estrada de belas rosas, enquanto as suas mãos sangravam nos espinhos que você aparava para não ferir as minhas. Eu a amo porque você foi a mais bela dádiva que o Criador me deu; porque você percorreu passo a passo a estrada por onde eu haveria de trilhar, livrando-a das pedrinhas e dos obstáculos para que eu não tropeçasse nas vicissitudes da vida; porque você me ensinou a amar, a ver a beleza cristalina das águas que cobrem a superfície da terra, numa simples poça d’agua; a vibrar de alegria ouvindo  o gorjear dos pássaros, a mirar extasiada o firmamento, admirando o pôr-d-sol no instante sublime do crepúsculo; a ver Deus em todas as coisas : no sorriso de uma criança, nas lágrimas de um ancião, no sofrimento dos que têm fome, no coração dos que anseiam por justiça, no altar das Igrejas. Você me ensinou a sorrir por entre a dor, a levantar-me após uma queda, mostrando-me que só os fracos não sabem se levantar quando caem; você me mostrou que é mais sublime morrer por um ideal do que se vender às honrarias do mundo. Você me mostrou a sua alma e nela eu vi refletido como num espelho do mais puro cristal, a beleza interior que você possui; porque você é grande na alegria e na tristeza; grande na dor como na felicidade. Mulher, força, beleza, divindade! Onde buscar as palavras certas para dizer-lhe tudo que  você representa para mim? Você é meu tudo, meu tesouro, minha vida.
               Como me sinto pequenina e humilde quando falo de você. Sou como um grão de mostarda ante os Andes! Um pigmeu ante um gigante!
               Nunca, Mamãe. Nunca mesmo, vou ser capaz de dizer-lhe o que você representa na minha vida. Só me resta agradecer-lhe por só ouvir dos seus lábios palavras de carinho. Por não guardar de você nenhuma mágoa. Você nunca foi desatenciosa comigo! Você nunca me bateu, sequer, com uma rosa. Você me deu tanto amor que fui obrigada a distribuí-lo entre os meus amigos, porque não conseguia guarda-lo todo para mim.
               Perdoe-me, Mamãe, por não saber amá-la como você merece. Permita-me, no entanto, desejar que todos os filhos do mundo possam dizer o que digo agora: Minha mãe? Minha mãe era uma santa.
                        

Marisa Alverga



HOMENAGEM DO ROTARY CLUB GUARABIRA  e do CLUBE DE  MÃES  PIEDADE MEDEIROS  (Loja Maçônica Tiradentes) à MÃE GUARABIRENSE


         Há as que estão no Céu e as que daqui não saíram!
         Há as ricas, as pobres, as brancas, as pretas, as de verdade, as emprestadas e as de mentira!
         As Marias, as Joanas, as Dolores!
         Há as muito felizes e as desgraçadamente infelizes. As que são amadas e as esquecidas. As a que nada lhes falta e as que lhes faltam tudo!
         São Mães e nada mais desejam. Castelos são construídos no ar, ricos e plenos de amor.
         As noites insones e as madrugadas indormidas nunca lhes calaram a voz e a cantiga de ninar foi inventada para lhes acariciar o coração.
         O sol da manhã lhes doura a fronte cansada e o dia renasce no sorriso que diviniza o rosto do filho e ela sonha o seu sonho e vive a vida que lhe deu! E rir o seu sorriso e chora a lágrima que lhe inunda a face.
         Nunca está cansada e nem se recrimina pelos percalços que a vida lhe impõe se está em jogo o futuro do filho.
         Pela lei natural da vida, partem primeiro para a eternidade, mas se por um infortúnio o contrário acontece, enterram o coração no túmulo que encerra o corpo amado e a vida nunca mais será a mesma! Mas entre o tumulto da vida e a dor da saudade, uma mulher se impõe para ensinar-lhes que a dor purifica, que Deus é sábio e o Paraíso existe para que os filhos que lá estão velem pelas mães que aqui ficaram. E quem nos ensina essas verdades é Maria, escolhida para ser a mãe do próprio Deus e que viu Seu Filho imolado para que a humanidade não perecesse nos abismos e precipícios da vida.       
         Em nome do Rotary Club Guarabira e do CLUBE DE MÃES PIEDADE MEDEIROS, abraçamos todas as Mães, não apenas as que aqui estão, mas as que do Céu ouvem seus filhos dizerem:
         “Mãe não rima, certamente,
         Mas vejo olhando a minha
         Que há muita rima se a gente
         Quiser chamá-la Mãezinha”.
                                     
                                    
                                               Marisa Alverga
ET. Dediquei esta crônica aos meus filhos - os de verdade e os do coração - Márcia, Joãozinho, Maisa, Mairla, Geraldinho e Sofia.


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