OBRIGADA, MAMÃE
Mamãe:
Que dizer-lhe?! Que eu a amo porque você me deu a vida?! Isso está tão
badalado!
Eu
a amo porque você caminhou comigo de mãos dadas pelos íngremes caminhos da
vida, semeando a minha estrada de belas rosas, enquanto as suas mãos sangravam
nos espinhos que você aparava para não ferir as minhas. Eu a amo porque você
foi a mais bela dádiva que o Criador me deu; porque você percorreu passo a
passo a estrada por onde eu haveria de trilhar, livrando-a das pedrinhas e dos
obstáculos para que eu não tropeçasse nas vicissitudes da vida; porque você me
ensinou a amar, a ver a beleza cristalina das águas que cobrem a superfície da
terra, numa simples poça d’agua; a vibrar de alegria ouvindo o gorjear dos pássaros, a mirar extasiada o
firmamento, admirando o pôr-d-sol no instante sublime do crepúsculo; a ver Deus
em todas as coisas : no sorriso de uma criança, nas lágrimas de um ancião, no
sofrimento dos que têm fome, no coração dos que anseiam por justiça, no altar
das Igrejas. Você me ensinou a sorrir por entre a dor, a levantar-me após uma
queda, mostrando-me que só os fracos não sabem se levantar quando caem; você me
mostrou que é mais sublime morrer por um ideal do que se vender às honrarias do
mundo. Você me mostrou a sua alma e nela eu vi refletido como num espelho do
mais puro cristal, a beleza interior que você possui; porque você é grande na
alegria e na tristeza; grande na dor como na felicidade. Mulher, força, beleza,
divindade! Onde buscar as palavras certas para dizer-lhe tudo que você representa para mim? Você é meu tudo,
meu tesouro, minha vida.
Como
me sinto pequenina e humilde quando falo de você. Sou como um grão de mostarda
ante os Andes! Um pigmeu ante um gigante!
Nunca,
Mamãe. Nunca mesmo, vou ser capaz de dizer-lhe o que você representa na minha
vida. Só me resta agradecer-lhe por só ouvir dos seus lábios palavras de
carinho. Por não guardar de você nenhuma mágoa. Você nunca foi desatenciosa
comigo! Você nunca me bateu, sequer, com uma rosa. Você me deu tanto amor que
fui obrigada a distribuí-lo entre os meus amigos, porque não conseguia
guarda-lo todo para mim.
Perdoe-me,
Mamãe, por não saber amá-la como você merece. Permita-me, no entanto, desejar
que todos os filhos do mundo possam dizer o que digo agora: Minha mãe? Minha
mãe era uma santa.
Marisa
Alverga
HOMENAGEM DO ROTARY CLUB
GUARABIRA e do CLUBE DE MÃES
PIEDADE MEDEIROS (Loja Maçônica
Tiradentes) à MÃE GUARABIRENSE
Há
as que estão no Céu e as que daqui não saíram!
Há as
ricas, as pobres, as brancas, as pretas, as de verdade, as emprestadas e as de
mentira!
As
Marias, as Joanas, as Dolores!
Há as
muito felizes e as desgraçadamente infelizes. As que são amadas e as
esquecidas. As a que nada lhes falta e as que lhes faltam tudo!
São Mães
e nada mais desejam. Castelos são construídos no ar, ricos e plenos de amor.
As
noites insones e as madrugadas indormidas nunca lhes calaram a voz e a cantiga
de ninar foi inventada para lhes acariciar o coração.
O sol da
manhã lhes doura a fronte cansada e o dia renasce no sorriso que diviniza o
rosto do filho e ela sonha o seu sonho e vive a vida que lhe deu! E rir o seu
sorriso e chora a lágrima que lhe inunda a face.
Nunca
está cansada e nem se recrimina pelos percalços que a vida lhe impõe se está em
jogo o futuro do filho.
Pela lei
natural da vida, partem primeiro para a eternidade, mas se por um infortúnio o
contrário acontece, enterram o coração no túmulo que encerra o corpo amado e a
vida nunca mais será a mesma! Mas entre o tumulto da vida e a dor da saudade,
uma mulher se impõe para ensinar-lhes que a dor purifica, que Deus é sábio e o
Paraíso existe para que os filhos que lá estão velem pelas mães que aqui
ficaram. E quem nos ensina essas verdades é Maria, escolhida para ser a mãe do
próprio Deus e que viu Seu Filho imolado para que a humanidade não perecesse
nos abismos e precipícios da vida.
Em nome
do Rotary Club Guarabira e do CLUBE DE MÃES PIEDADE MEDEIROS, abraçamos todas as Mães, não apenas as que aqui
estão, mas as que do Céu ouvem seus filhos dizerem:
“Mãe não
rima, certamente,
Mas vejo
olhando a minha
Que há
muita rima se a gente
Quiser
chamá-la Mãezinha”.
Marisa
Alverga
ET. Dediquei esta crônica aos meus filhos - os de verdade e os do coração - Márcia, Joãozinho, Maisa, Mairla, Geraldinho e Sofia.
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