sábado, 26 de novembro de 2011

GARÇAS AZUIS

                  Era uma vez ... É sempre assim que começam as estórias de trancoso  e  como esta é uma estória que confunde a realidade com a ficção, diremos que ... era uma vez um homem que morava num lugar tão distante que nem se conhece o nome da cidade onde vivia.
                   Tinha quatro filhos. A mulher morrera e José sozinho criara os filhos. Não era rico. Trabalhava de sol - a - sol para que nada lhes faltasse, mas o dinheiro mal dava para o seu sustento. Um dia ouviu falar numa terra onde as garças eram azuis  e desejou conhecê-la. Vendeu tudo o que possuía e partiu em busca dessas aves de rara beleza.
        Perto, bem pertinho de atingir a terra “prometida”, o navio em que viajava começou a afundar e José , em desespero,  atirou-se  ao  mar  e  dias  e  dias   agarrado a uma tábua,  só pensava nos filhos que deixara na Pátria distante. Via as gaivotas que adejavam ao sol e imaginava as garças azuis que talvez nunca chegasse a ver.
            Devoto da Virgem Maria, José suplicou-Lhe que lhe salvasse a vida, e  prometia que esqueceria as garças azuis e na terra onde aportasse ergueria uma capela em honra da Mãe de Deus.
            Dias depois, sem saber explicar como, José encontrou-se numa praia. Morto de fome e de cansaço, encontrou forças para levantar-se e procurar alimentos. Um coqueiro saciou-lhe a sede e matou-lhe a fome. Quando as forças lhe voltaram caminhou sem destino, mas só havia mar e céu e de puro cansaço adormeceu. Sonhou que um anjo lhe aparecia, tomava-lhe a mão e saiam voando, guiados por um bando de garças azuis!
         Passaram-se três dias e José se encontrou sozinho, caminhando por uma estrada que parecia  nunca terminar. Por fim avistou o que parecia um engenho e à porta um homem que disse  chamar-se  Ananias.  Convidado a  entrar, José  agradeceu  e  contou-lhe  a  sua estória. Fora salvo e precisava trabalhar para pagar a promessa  e  voltar  à  sua  terra em  busca    dos filhos. Ananias deu-lhe trabalho e em pouco José conseguiu um pedaço de terra e da sua roça o dinheiro para comprar uma passagem e voltar às suas origens.
            Já ninguém se lembrava do forasteiro que um dia ali estivera em busca de garças azuis, quando José voltou trazendo os filhos e uma linda imagem da Virgem Maria, uma Madona com uma lâmpada nas mãos, que recebeu o nome de Nossa Senhora da Luz.
            A capela foi erguida no alto de uma colina e de longe vinham pessoas atraídas pela beleza da imagem e de tão embevecidas resolviam ali permanecer e assim o lugarejo logo se viu habitado. Os engenhos cresceram, ofereceram emprego e as pessoas foram ficando, formando famílias, trabalhando e divertindo-se. José notou que ninguém sabia ler e fundou uma escola. À noite todos se reuniam no corredor do engenho e ele, o professor, ensinava o ABC a crianças e adultos.
            Abriu uma lojinha onde havia de tudo, da linha de pescar a roupas e sapatos, da carne à farinha e ninguém precisava   mais    deslocar-se para comprar mantimentos ou vestuário.
             O lugarejo prosperava e em breve uma estrada de ferro cortava a cidade.
           O PN parava na estação e era uma festa. As mocinhas e os rapazolas se engalanavam  esperá-lo e muitos casamentos ali começaram.
            Há muito deixara de ser uma aldeia. Era agora uma vila batizada de Independência e não parava de crescer. A capela virou Igreja e artistas surgiram embelezando-a.        Não se comparava à Capela Sistina mas na abóbada uma linda Virgem Maria foi pintada por um artista da terra., Antonio Sobreira.  No côro da Igreja a juventude se reunia cantando ladainhas e hinos à Maria Santíssima.
            Um Padre, de nome Francisco Bandeira Pequeno, foi o primeiro Prefeito dessa cidade, pelos anos de 1835 , pois, através da Lei nº 841 foi decretada cidade.     Colégios surgiram, Bancos ali se instalaram, casas comerciais e indústrias foram sendo abertas todo dia e a cidade crescia e crescia.
            De clima  quente e seco no verão e ameno durante o inverno, tem hoje 51.000 habitantes entre a zona rural e urbana. É bem servida de meios de comunicação. Possui agências do Correio, Bancos do Brasil, do Nordeste, Caixa Econômica, Santander, Itau  e Bradesco,  quatro emissoras de Rádio, além das Rádios Comunitárias como a Comunidade Geral, no Bairro do Nordeste
            No setor educacional tem os melhores colégios da região e em cada esquina uma escola surgiu para erradicar o analfabetismo. A Universidade atende a todo o brejo paraibano.
            A Saúde dispõe de Hospitais e Clínicas de boa qualidade e no setor cultural o Museu e o Centro de Documentação contam a história da cidade. Galeria de Artes, Teatro e Bibliotecas (adulto e infantil) completam esse leque, contando ainda com Programas culturais, esporte e lazer, até poque dispõe de uma Secretaria de Cultura, fundada pela lei municipal nº  63/84, quando do Governo Zenóbio Toscano.
            E as Garças Azuis? Os indígenas chamavam o lugarejo de GORABIRA, que, na língua tupi-guarani significa “Berço das Garças Azuis” e JOSÉ DA COSTA BEIRIZ realizaou o seu sonho e nos doou com a sua tenacidade, esta Guarabira que hoje aniversariou, comemorando 124 anos.de emancipação política.
                                                                                                               Marisa Alverga


















quarta-feira, 23 de novembro de 2011


            AROLDO CAMELO lançou, hoje, - 23.11.2011, às 19:30h, na Associação Comercial, através do CLUBE DA CULTURA DE GUARABIRA,“Prof. José Barbosa da Silva”, o livro de poesia NAS ASAS DO PAVÃO MISTERIOSO e tivemos a grata satisfação de receber do autor o convite para fazer a apresentação do livro, o que muito nos alegrou pelo respeito e admiração que temos pelo autor e na ocasião dissemos:    
            Ao Poeta tudo se permite. Até voar nas asas de um pavão; e se o pavão é misterioso, melhor ainda! E foi isso que AROLDO se deu ao direito de fazer e, nas asas da imaginação voou até o Parnaso e envolto nas rimas do Olimpo e pelas Musas embevecido, produziu e cantou suas próprias canções, encontrando eco no canto magistral do Uirapuru, o maestro das nossas matas; e, cantando, embalou sonhos, sonhando os mesmos sonhos dos pobres mortais.
            De mãos dadas com Calíope – a musa da eloqüência  - Aroldo  passou entre as drogas e não se contaminou; caminhou entre as guerras e nos trouxe a paz em vez das balas que ceifam vidas; pisou nas brasas incandescentes da vida e sequer  se  chamuscou, até porque o Poeta é um privilegiado e portanto escolhido dos deuses que lhe permite voar sem ter asas!
            Privilegiado, sim, porque recebeu de Deus uma poderosa arma, capaz de destruir um mundo e reconstruí-lo sem disparar um único tiro. Uma arma que, numa democracia, ninguém poderá impedi-lo de usá-la seja em que circunstâncias forem. Uma arma que não se encontra em nenhuma loja de artigos bélicos, mas implantada está na mente do poeta e lhe permite, através da palavra, transmitir suas mensagens de amor e paz, num mundo de violência desenfreada, onde os homens enaltecem o ódio, espalhando dores e sofrimentos.
            Aroldo ensina a cantar porque acredita que enquanto houver um ser que cante há esperança no coração do homem.
                Nas Asas do seu Pavão Misterioso, Aroldo Camelo nos disse que ...
            Quando criança, pensei voar
            Mas não tinha asas.
            Mesmo assim viajei
            E fui além.
            Meus vôos desalinhados,
            Desatinados,
            Correram mundo.
            Desgovernado, entre o tempo e o espaço,
            Encontrei-me no silêncio das horas
            E no vazio dos meus pensamentos
            Ouvi vozes vibrantes
            Na solidão do céu estrelado
            E senti que Deus estava ao meu lado.
            Se eu disser que falei com Deus,
            Dirão que Ele não fala com ateu.
            Sou ateu do seu deus,
            Mas tenho muita fé no Deus meu!
            E poetando, fazendo versos, cantando, AROLDO CAMELO vê, nas palavras de outro poeta, “o sol de noite e a lua de dia”, e  sonha o sonho dos outros , na certeza de que se forem apenas sonho e nunca se realizar, ainda assim é belo, porque é sonho!
              Parabéns, Aroldo!  A noite é sua!
                 
             Guarabira, 23 de novembro de 2011.
                                                            
          Marisa Alverga

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A BONECA E A ROSA

Eu me apressei dentro de uma loja de departamentos local para pegar alguns presentes de natal de última hora. Olhei para todas aquelas pessoas e queixei-me comigo mesmo: "Eu ficarei aqui para sempre e ainda tenho muito o que fazer". O Natal estava começando a se tornar uma maçada. Eu tipo que desejei passar o Natal dormindo. Mas me apressei o melhor que pude no meio de todas as pessoas em direção ao departamento de brinquedos. Mais uma vez resmunguei comigo mesmo sobre os preços de todos aqueles brinquedos. E imaginei se os netos iriam sequer brincar com eles.
Eu me encontrava no corredor das bonecas. Pelo canto do olho vi um garotinho, lá pelos seus 5 aninhos, segurando uma adorável boneca. Ele continuou tocando os cabelos dela e a segurava com tanta suavidade. Eu não me continha. Eu apenas continuei olhando para garoto e imaginei para quem seria aquela boneca.

Eu vi o menino se virando em direção a uma mulher, chamar sua tia pelo nome e dizer: "Você tem certeza de que não tenho o dinheiro suficiente?"

Ela respondeu um pouco impaciente: "Você sabe que não tem o dinheiro suficiente para isso."

A tia disse ao garotinho para não ir em nenhum lugar onde ela teria que pegar algumas outras coisas e que estaria de volta em alguns minutos. Então, ela deixou o corredor. O garoto continuou a segurar a boneca.

Após um tempo eu perguntei ao menino para quem seria a boneca e ele disse: "É a boneca que minha irmã tanto queria para o Natal. Ela sabia que o Papai Noel a traria."

Eu disse a ele que talvez o Papai Noel pudesse levá-la. Ele disse "Não, o Papai Noel não pode ir onde minha irmã está... Eu tenho que dar a boneca para minha mãe levá-la."

Eu perguntei a ele onde a irmã dele estava.

Ele olhou para mim com os olhos mais tristes e disse: "Ela se foi para estar com Jesus. Meu pai disse que mamãe tem que ir estar com ela.

Meu coração quase parou de bater.

Então o garoto olhou para mim novamente e disse, "Eu disse ao meu pai para dizer a mamãe para não ir ainda. Eu disse a ele para dizer-lhe para me esperar voltar do mercado."

Então ele me perguntou se eu queria ver a foto dela.

Eu disse a ele que adoraria.

Ele pegou algumas fotos que ele tinha tirado em frente da loja. Ele disse:
"Eu quero que minha mãe leve isto com ela então ela jamais se esquecerá de mim. Eu amo muito a minha mãe e desejo que ela não tenha que me deixar. Mas papai disse que ela precisa estar com minha irmã."

Eu vi que o garotinho tinha baixado sua cabeça e tinha ficado muito quieto. Enquanto ele não estava olhando eu peguei minha bolsa e tirei um monte de notas. Eu perguntei ao garoto: "Vamos contar aquele dinheiro mais uma vez?"

Ele ficou agitado e disse "Sim, eu sei que isso tem que ser o suficiente".

Então eu juntei meu dinheiro ao dele e começamos a contá-lo. Claro que era mais do que suficiente para a boneca.

Ele gentilmente disse: "Obrigado Jesus por me dar o dinheiro suficiente."

Então o garoto disse: "Eu tinha pedido a Jesus para me dar o dinheiro suficiente para comprar esta boneca e então mamãe pode levá-la com ela para dar a minha irmã. E ele ouviu minhas preces. Eu queria pedir-Lhe o suficiente para comprar para minha mamãe uma rosa branca, mas não pedi, mas ele me deu o suficiente para comprar a boneca e a rosa para minha mamãe. Ela ama tanto rosas brancas, mas tanto, mas tanto.

Em alguns minutos a tia dele voltou e eu afastei meu carrinho. Não pude evitar de pensar sobre o garotinho quando terminei minhas compras em um espírito totalmente diferente daquele de quando comecei. E continuo lembrando uma estória que tinha visto no jornal alguns dias antes sobre um motorista bêbado batendo o carro e matando uma garotinha e deixando em estado grave sua mãe. A família estava decidindo quando remover os aparelhos que a mantinham viva. Mas certamente esse garotinho não pertencia àquela mesma estória. Dois dias depois eu li num jornal que a família tinha desconectado os aparelhos e a jovem mulher havia morrido. Não pude esquecer o garotinho e fiquei imaginando se as estórias estavam de alguma forma conectadas.

Mais tarde naquele dia, não pude me conter e sai para comprar algumas rosas brancas e levá-las para a funerária onde a jovem mulher estava. Lá, ela estava segurando uma amável rosa branca, uma linda boneca e uma foto do garotinho na loja. Eu sai de lá em lágrimas, minha vida mudara para sempre. O amor daquele garotinho por sua irmã e sua mãe era irresistível. E em um segundo um motorista bêbado tinha rasgado a vida daquele garotinho em pedaços.


 Desconheço a autoria.
Postado por Marisa Alverga

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

E POR FALAR EM VIDA...

Quem crê em mim terá a vida. (Jesus Cristo)
Em tudo, na vida, a perfeição é finalmente atingida, não quando nada mais existe para acrescentar, mas quando não há mais nada para retirar. (Antoine de Saint-Exupéry)
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve. E a vida é muito para ser insignificante. (Charles Chaplin)
Alguns têm títulos de doutores, mas são reprodutores de conhecimento, repetem o que estudaram, falam o que os outros produziram. Precisamos de poetas da vida nos recônditos da sociedade. Precisamos surpreender as pessoas e ajudá-las a mudar os alicerces da sua história. (Augusto Cury)
A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos. (George Bernard Shaw)
Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional. (Roger Crawford)
A vida é uma grande universidade, mas pouco ensina a quem não sabe ser aluno. (Augusto Cury)
Teoricamente, sabemos que a terra gira, mas nós não percebemos; o solo que pisamos não parece mexer-se, e vivemos tranqüilos; o mesmo acontece com o tempo de nossa vida. (Marcel Proust)
Os primeiros quarenta anos de vida dão-nos o texto; os trinta seguintes, o comentário. (Arthur Schopenhauer)
O coração é o relógio da vida. Quem não o consulta, anda naturalmente fora do tempo. (Machado de Assis)
A vida é o filme que você vê através dos seus próprios olhos. Faz pouca diferença o que está acontecendo. É como você percebe que conta. (Denis Waitley)
Quando eu ouço alguém suspirar: "A vida é dura", eu sempre sou tentado a perguntar: "Comparada a quê? (Sydney J. Harris)
As coisas mais importantes na vida não são coisas. (Anthony J. D'Angelo)
A vida ficaria insuportável, se não nos proporcionasse mudanças. (Joseph Murphy)
O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos. (Oliver Wendell Holmes)
Amas a vida? Não dissipes, nesse caso, o tempo, pois é de tempo que a vida é feita. (Benjamin Franklin)
Uma vida sem causa é uma vida sem efeito. (Barbarella)
A vida é uma missão. Qualquer outra definição de vida desorienta aqueles que a aceitam. Religião, ciência, filosofia, embora ainda discordem em muitos pontos, concordam em que toda a existência tem um objetivo. (Mazzini)
A sua vida e o seu mundo mudam quando você muda. (Roberto Shinyashiki)
Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossa vida, mas podemos fazer muito sobre a largura e a profundidade dela. (Evan Esar) 


OBS. Desconheço a autoria
Postado por Marisa Alverga

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A ESCOLA DOS BICHOS

Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os problemas do mundo.

Para isto, eles organizaram uma escola.

A escola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluía correr, subir em árvores, em montanhas, nadar e voar.

Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as matérias.
O pato se deu muito bem em natação; até melhor que o professor !

Mas quase não passou de ano na aula de vôo, e estava indo muito mal na corrida.
Por causa de suas deficiências, ele precisou deixar um pouco de lado a natação e ter aulas extras de corrida.

Isto fez com que seus pés de pato ficassem muito doloridos, e o pato já não era mais tão bom nadador como antes.

Mas estava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém - exceto, claro, ao pato.

O coelho era de longe o melhor corredor, no princípio, mas começou a ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação.

O esquilo era excelente em subida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na aula de vôo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um galho alto.

Com tanto esforço, ele tinha câimbras constantes, e foi apenas "regular" em alpinismo, e fraco em corrida.

A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à autoridade.

Nas provas de subida de árvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua maneira...

Na natação deixou muito a desejar...

Cada criatura tem capacidades e habilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem.

Mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração e até culpa, provoca mediocridade e derrota total.

Um esquilo é um esquilo; nada mais do que um esquilo.

Se insistirmos em afastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um incapaz.

A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida a pé.

No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, é claro, que a águia esteja com fome !

O que dizemos das criaturas da floresta vale para qualquer pessoa.

Deus não nos fez iguais. Ele nunca quis que fôssemos iguais.

Foi Ele quem planejou e projetou as nossas diferenças, nossas capacidades especiais !


Descubra seus dons naturais...

OBS.:  Desconheço a autoria.
Postado por Marisa Alverga

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

INÍCIO DA PRIMAVERA


Há muito tempo, não muito longe daqui, havia um reino muito engraçado. Todas as coisas eram separadas pela cor.
As borboletas brancas só visitavam o canteiro branco.
As borboletas azuis só visitavam o canteiro azul.

Neste reino viviam Julieta e Romeu.

Julieta era uma borboleta amarela do canteiro amarelo e Romeu uma borboleta azul do canteiro azul.
Seus pais sempre avisavam para que não passeassem em canteiros de outra cor.

Um dia, na primavera, Ventinho convidou Romeu para dar um passeio no canteiro amarelo.  Chegando lá, ventinho apresentou Romeu a Julieta e os dois logo ficaram amigos.

Romeu e Julieta começaram a brincar e saíram para conhecer melhor o reino. Ficaram encantados com tudo o que viram e acabaram entrando na floresta. Quando a noite chegou, Romeu e Julieta não conseguiram encontrar o caminho de volta.

Enquanto isso, lá no canteiro amarelo, a mãe de Julieta estava desesperada, e lá no canteiro azul, o pai de Romeu estava preocupadíssimo.

Eles não sabiam o que fazer para encontrar os filhos, até que a Dona borboleta amarela tomou coragem e foi falar com a Dona borboleta azul, falaram com o senhor Vento e todas as borboletas saíram de canteiro em canteiro procurando o Romeu e a Julieta.

Quando amanheceu o dia, o céu estava cheio de cores. Todos se misturaram para ajudar . Quando Romeu e Julieta viram seus pais, ficaram felizes em poder voltar para casa.

E quando chegou de novo a primavera tudo estava diferente naquele reino. Os canteiros tinham todas as cores misturadas.
Margaridas, cravos, dálias, miosótis, rosas, cresciam juntas, misturadas.

E juntas brincavam as borboletas.
Nada diferente de nós quando vivemos sem preconceitos,
e todos os dias são primavera em nossa vida.
Porque amamos nosso semelhante independente da sua cor.
Vale seu coração e alegria de estarmos juntos em paz.

Bom dia!!

OBS. Desconheço a autoria
Postado por Marisa Alverga