domingo, 23 de outubro de 2011

RIO DA VIDA

Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito,
que serpenteava entre as montanhas.
Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia
um pântano imundo, por onde deveria passar.

  Olhou, então, para Deus e protestou:
- Senhor, que castigo!
Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso, e o Senhor me obriga
a atravessar um pântano sujo como esse! Como faço agora?

Deus respondeu:
- Isso depende da sua maneira de encarar o pântano.
Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso,
dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas
com as do pântano, o que o tornará igual a ele.
Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão,
suas águas se espalharão sobre ele,
a umidade as transformará
em gotas que formarão nuvens, e o vento levará
essas nuvens em direção ao oceano.
Aí você se transformará em mar.

Assim é a vida.
As pessoas engatinham nas mudanças.
Quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, tornam-se tensas
e perdem a fluidez e a força.
É preciso entrar pra valer nos projetos da vida,
até que o rio se transforme em mar.

Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento,
também acabará evitando o prazer que a vida oferece.
Há milhares de tesouros guardados em lugares
onde
precisamos ir para descobri-los.
Não procure o sofrimento.
Mas, se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o.
Arrisque, ouse, avance na vida.
Ela é uma aventura gratificante para quem tem coragem de arriscar.

(Autoria Desconhecida)

Postado por Marisa Alverga

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

DIA DO MÉDICO

        18 de outubro é dia dedicado ao Médico e eu me pergunto onde achar inspiração para falar sobre a mais sublime das profissões! Falar sobre Hipócrates ou Galeno? Citar Pasteur ou os conceitos biológicos atribuídos a Aristóteles?  Discorrer sobre as Escolas de Alexandria ou de Salerno? Lembrar os feitos de Oswaldo Cruz ou Carlos Chagas? Recordar o juramento, quando o Médico promete, perante Deus ajudar a curar, não fazer o mal, nem matar e tomar consciência de que não lhe é permitido praticar a eutanásia?
            São conceitos que todo mundo conhece, todo mundo sabe, por isso nos limitamos a parabenizá-lo por sua abnegação e amor ao próximo; pelo poder que tem de lenir as misérias humana; de levar o sorriso aonde antes só havia lágrimas; de espalhar a alegria, destronando a tristeza, nos Hospitais, na choupana do pobre ou no palácio do rico.
            Merecia, com certeza, não apenas um 18 de outubro, mas os 365 dias do ano, como um justo prêmio a sua dedicação para com os seus semelhantes, aliada ao amor que o leva ao encontro dos enfermos ou a recebê-los nos consultórios com a fronte sempre erguida, indiscriminadamente, amigo ou inimigo, independente do sexo ou da idade, religião ou raça, vendo  sempre no homem um irmão que sofre, e não poupa esforços, nem se poupa a si mesmo, na luta ingente de arrancar à morte um corpo enfermo, deixando antever a beleza de Deus no espelho das suas obras.
            Reportando-nos há dois mil anos AC, encontramos o famoso Código de Hamurabi promulgando as penas e as recompensas que sancionam  o êxito ou insucesso da Medicina, e nos escritos de Hipócrates estão as expressões mais nobres da consciência profissional, impondo respeito à vida, aliada à segurança de si, à dignidade e à discrição.
            Inspirado por Deus, fonte última e suprema de todo direito, é o Médico instrumento de Cristo, Senhor  da vida e da morte; porta-voz d’Aquele que é o único capaz de sarar os corpos e as almas e que faz ver o valor e a grandeza dos sacrifícios que a medicina lhe impõe.
            A ele – o Médico -, compete levar aos homens o socorro da verdade, da Ciência e da Sabedoria de Deus, arrancando à morte os mistérios da vida.
            A consciência da função especial que lhe é destinada vem de uma força superior, unificadora pela sua universalidade, clara na sua profundidade, eficaz pela sua necessidade, e essa força superior, outra não poderia ser senão Deus, a última sanção da consciência médica.

                                                                       Marisa Alverga

OBS . Leia em MENSAGENS: Onde andará meu doutor?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PROFESSORES APAIXONADOS

Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo
Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar:
estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.
Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato.
Apaixonar-se sai caro!
Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista,
dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria.
Se estão apaixonados, e estão,
fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado,
sonhando acordado com aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias,
Mas o professor apaixonado não deixa de ser professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço  de giz no quadro.
Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança.
Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor   não está com nada, ensinar é uma forma de oração.
Não essa oração chacoalhar de  palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.
Os professores apaixonados querem tudo.
Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los.
Querem analisar a química da realidade.
Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei.
Mas é também indisfarçável.

obs.  Desconheço a autoria
Postado por Marisa Alverga

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SOPRE AS CINZAS

Quem feriu você já feriu e já passou.
Lá na frente encontrará o
inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de
dar-lhe o troco e você, talvez, jamais fique sabendo.
O que importa de verdade é o que você sentiu
e, mais importante, é o
que ainda você sente:
Mágoa? Rancor?
Ressentimento? Ódio?
Você consegue perceber
que esses sentimentos
foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o mal é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.

Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?

Mágoa

- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena?
Pela sua própria saúde,
jogue-a fora.

Rancor

- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças
de cujas origens nem suspeitará.

Ressentimento

- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de
bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando agüentar.
Até quando você acha que eles vão resistir?

Ódio

- Seus efeitos são paralisantes. Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.
Por seu próprio Bem         e pelo seu Bem, perdoe.
O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz.
Esqueça o mal que lhe foi feito.
Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das conseqüências com que, certamente, virá a arcar.
Mude seu destino ... seja o
comandante da sua nau!

Escolha o melhor caminho
para sua "viagem"
E se outras vezes o ferirem, perdoe ...
Perdoe ... Como Cristo perdoou os que o crucificaram.
Que DEUS, em sua infinita bondade,
Cubra você e sua família de muita Paz,
Saúde e Prosperidade...

obs. Enviado por minha afilhada Iva Borba, a quem abraçamos e agradecemos pela participação e pelo carinho.
Postado por Marisa Alverga

sábado, 8 de outubro de 2011

O QUE É O AMOR?

Numa sala de aula, onde havia várias crianças, uma delas perguntou à professora:

Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.

E como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelos jardins da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e depois de alguns minutos voltaram à sala.

A professora esperou que todos se sentassem e, quando o silêncio se fez na pequena sala, cobrou a tarefa que lhes havia dado: Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse: Eu trouxe esta flor, não é linda?

A segunda falou: Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou: Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?

E assim as crianças foram mostrando tudo o que tinham captado lá fora, que pudesse representar o amor.

Terminada a exposição, a professora notou que uma das crianças tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava muito envergonhada, pois nada havia trazido.

Então a professora se aproximou dela e lhe perguntou:

Meu bem, por que você não trouxe nada?

E a criança timidamente respondeu:

Desculpe, professora. Eu vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.

Vi também a borboleta, leve e colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.

Achei um passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.

Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mamãe passarinho ao ver seu filhote de volta, são e salvo.

Como posso mostrar o que trouxe?

A professora agradeceu a todos e, olhando a criança de mãos vazias, disse-lhe:

Você foi a única criança que percebeu que só podemos trazer o amor no coração.

* * *

Se você já consegue perceber as belezas que Deus criou para enfeitar o planeta que nos serve de morada, não queira reter essas maravilhas para si somente, pois isso não é amor, é egoísmo.

Se você admira as flores, deixe-as no lugar em que estão, para que os outros possam sentir também o seu perfume e admirar sua beleza.

Se você se extasia contemplando a leveza dos pássaros a deslizar no ar, não os prenda em gaiolas, para que outras pessoas possam admirá-los também.

Se você aprecia ver os rios de águas cristalinas a correr por entre as pedras, não lhes polua o leito, para que outros olhos possam contemplá-los, igualmente.

Se você gosta de banhar-se nas águas limpas do oceano, não lhes turve a limpidez, para que todos possam usufruir dessa maravilha.

Se você se sente bem respirando ar puro, preserve-o para que todos possam desfrutar desse benefício.

E, por fim, lembre-se: o verdadeiro sentimento de amor só pode ser conduzido no próprio coração.


Reflexão - Momento Espírita 
Postado por Marisa Alverga
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A SUAVIDADE CONSEGUE ESCULPIR

O Mosteiro na margem do Rio Piedra está cercado por uma linda vegetação, verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha.

Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras.

Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água.

Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore:

Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.

Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.

* * *

A lição do poeta é de extrema profundidade.

Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso íntimo, realizando a reforma de nossas almas com o objetivo de encontrar felicidade.

Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso mundo, realizando sua modificação para melhor.

O martelo que destrói está nas críticas cruéis, nas palavras grosseiras que saem de nossas bocas e ferem a auto-estima das pessoas à nossa volta.

Enquanto a doçura da água está nos conselhos edificantes, na atenção e paciência com que ouvimos a alguém, nas palavras de estímulo, no elogio animador.

O martelo destruidor está no acúmulo da culpa em nosso coração, na auto-exigência desequilibrada, na falta de amor próprio.

A docilidade da água está na compreensão de nossas dificuldades, no auto-perdão, e na disposição constante para corrigir os nossos erros.

Em nossos dias, na análise de nosso comportamento, de nossas ações, lembremos sempre da delicadeza da água moldando as rochas através dos tempos.

Procuremos conquistar a paciência e a tranqüilidade, certos de que são virtudes dinâmicas, que nos fazem seres pacíficos.

Que as palavras do poeta indiano nos sirvam de guia, de inspiração:

Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.

Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.

* * *

A suavidade, a delicadeza, são o amor expresso nas pequenas coisas, nos gestos aparentemente simples, mas que revelam nossa preocupação com o próximo.


Redação do Momento Espírita, com base em Yomaktub.

OBS. Postado por Marisa Alverga

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

VOAR SOBRE O PÂNTANO

Carlos Cuauhtémo Sánchez



“Um pássaro vivia resignado em uma árvore apodrecida no meio de um pântano.

Havia já se acostumado a estar ali, comia insetos do lodo e se encontrava sempre sujo por causa do barro pestilento.

Suas asas estavam atrofiadas por causa do peso das imundicies.

Certo dia, porém, um grande vendaval destruiu sua guarida; a árvore apodrecida foi tragada pela lama e então, ele se deu conta de que iria morrer.

Com o desejo instintivo de salvar-se, começou, com força, a bater as asas para empreender o vôo.

Custou-lhe muito trabalho, pois, esquecera como era voar, porém, agüentou a dor do corpo até que conseguiu levantar-se e cruzar o espaçoso céu, chegando finalmente a um bosque fértil e maravilhoso.'

Os problemas são como um vendaval que destrói o seu refúgio e obriga você a levantar o vôo ou a morrer.


Nunca é tarde. Não importa o que você viveu, não importa os erros que você cometeu, não importa as oportunidades que você deixou passar, não importa a sua idade, sempre estamos aptos para dizer BASTA, para ouvir o apelo para uma vida melhor, para sacudirmos a lama e voar ALTO, bem longe do pântano.

Postado por Marisa Alverga