quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Dicas de Beleza por Audrey Hepburn
1. Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.

2. Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.

3. Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.

4. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles
pelo menos uma vez por dia.
5. Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.

6. Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.

7. Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.

8. A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.

9. A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está reflectida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

10. A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.


O Talmud é um livro onde se encontram condensados todos os depoimentos,
ditados e frases pronunciadas pelos Rabinos através dos tempos.

Há um ditado que termina assim:

"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher,
pois Deus conta as suas lágrimas.
A mulher foi feita da costela do homem,
não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior,
mas sim do lado para ser igual,
debaixo do braço para ser protegida
e do lado do coração para ser AMADA."

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

                                              REMINISCÊNCIA

               E as recordações me vêm  todas de uma vez! E o sofrimento se acumula, se arraiga no coração e nada o faz desgarrar-se e aplacar a dor. Já faz tanto tempo! Ou não? O que são vinte e nove anos quando apenas uma eternidade nos separa?
            Blasfemei, sim. Disse coisas que ainda hoje me horrorizam. Disse que Deus não prestava, que não era misericordioso, que não me amava.
            Se me arrependi? Claro que sim. Pedi perdão publicamente, da mesma maneira que O ofendi.  Afinal, quem sou eu para discutir os planos de Deus?
            Durante dez anos fui diariamente ao Cemitério. Sentava num túmulo frio, numa laje sem calor e  lhe contava o que acontecia no mundo. Se  estava muito abalada com algum acontecimento, sentia-me confortada com o seu silêncio.
            Tudo quanto me contassem de você, eu acreditava. Você era inteligente, criativo, eclético. Estudava, brincava, cantava, escrevia poesia, dançava, assistia à TV, jogava bola, tudo ao mesmo tempo. Às vezes eu dizia: fica quieto, menino, só um minutinho, sem sequer imaginar que um dia você iria ficar quieto para sempre!
            Certa vez você pediu para levá-lo à Escola e eu respondi que a escola ficava só a alguns metros de casa e não fazia sentido ir levá-lo. Você já tinha dez anos, estava bem crescidinho para   precisar  da  minha  companhia  para ir  à  Escola e aí você me contou que
brigara com Mago, um menino duas vezes maior do que você  e ele havia dito que pegaria você no caminho da Escola. Ora, não seja tolo, eu lhe disse. Vá com Jesus.
            Você saiu, mas voltou pouco tempo depois e me disse: Mãe, eu vou com Jesus, Mago aparece, Jesus dá no  pé e eu me lasco. Não pensei duas vezes. Levantei-me e fui levá-lo à Escola. Mago, felizmente, não apareceu.
            Um dia, morreu um vizinho nosso. À noite, saí para trabalhar e quando voltei havia gente na calçada, mais precisamente na porta da casa da minha amiga que havia perdido o marido e todo mundo reclamava de alguma coisa ou de alguém e me acerquei para me inteirar do ocorrido.
            Não sei bem, me diziam, mas parece que alguém pregou um  susto à pobrezinha e ela quase morre.
            Eu nada disse, mas desconfiei de quem era a autoria e perguntei:
-          Você sabe alguma coisa sobre isso?
                -   Olhe, mãe, ela estava tão triste que resolvi alegrá-la. Cobri-me com um lençol,   subi pé ante pé  a escadaria, agarrei-a pela cintura e gritei: Voltei. Ah, mãe, pra quê! Ela gritou tanto que a rua se encheu de gente, mas a essa altura eu já estava em casa. Deixei-o de castigo por uma semana.
           Tudo no mundo a gente diz: “Morri”, “morro”... Na verdade a gente nem sabe o que significa. Só quem morre são os outros, a gente vai viver eternamente. É o que se pensa.
Outra vez cheguei em casa e a rua estava em polvorosa. A vizinha, danada da vida, reclamava com você, e, naturalmente, quis saber o que acontecera.
-          Foi Geraldinho que jogou uma bola de ping-pong da minha filha, no esgoto.
-          E aí, meu filho?
            -   Mãe, ela estava chorando porque a bola caiu no esgoto e eu, como um perfeito  cavalheiro, enfiei o braço no esgoto e retirei-a. A mãe chegou e  ela me acusou de querer roubar-lhe a bola e aí, não tive dúvida, joguei-a de volta no esgoto.
Eu nada disse, porque teria feito, exatamente, a mesma coisa.
Um dia você me pediu para ajudar a duas mulheres que moravam no caminho da sua Escola e argumentava que eram pobres e estavam tão velhinhas que a cara já estava toda rebocada. Não entendi o que quis dizer e no dia seguinte acompanhei-o para saber do que precisavam e descobri que o “rebocado” queria dizer engelhado. Achei graça e ajudei-as como pude. O seu coração era maior do que você.
No Colégio onde estudava – e onde deu tanto trabalho -, fundou um jornalzinho, mas, por alguma razão não pode continuá-lo e decidi ajudá-lo e o seu jornal existe até hoje, vinte e cinco anos depois. E quer saber? O Brasil inteiro o conhece e alguns outros países, como os Estados Unidos, Portugal, França, Espanha, Bósnia, Japão. Nenhum de nós dois esperava por isso, não é mesmo?
              Quantas vezes fui chamada ao Colégio? Você chegava em casa e dizia: Fui suspenso. De novo? O que foi desta vez? E você contava. Na maioria das vezes, não tinha razão, mas, algumas vezes, quem não tinha razão era o Colégio. (Tanto, que certa vez, uma Freira lhe escreveu pedindo perdão pelas injustiças que cometera com você) . Quer ver?
-          Fui suspenso. Uma semana. A Irmã exige a sua presença.
-          Tudo bem, mas você vai comigo. Antes, me conte o que aconteceu.
            -   Era recreio e resolvi estudar junto com alguns colegas e a Irmã me flagrou com um giz, escrevendo no Quadro. Disse que eu estava estragando o material do Colégio e por isso fui suspenso.
-          E os outros alunos?
-          A suspensão foi só para mim.
             Você não mentia. Sempre me disse a verdade, acontecesse o que acontecesse, por isso não havia razão para duvidar do que me contava. Peguei-o pela mão, a raiva me dominando e entrei na primeira Livraria que encontrei.
-          Tem giz? Quantas caixas?
-          Cinqüenta caixas, mais ou menos.
-          Coloque na mala do carro.
-          Tudo?
-          Tudo, sim.
             Rumamos para o Colégio  e coloquei tudo em cima do balcão e fui taxativa: Aí está o pagamento do pedaço de giz que ele gastou. Agora, cancele a matrícula dele. Onde já se viu, por causa de um pedaço de giz, um aluno ser punido com cinco dias de suspensão?
              Aquieta daqui, arreda dali, desculpas foram pedidas e a suspensão foi retirada, mas ficaram com o giz.
              Dez em comportamento, você nunca tirou, mas era inteligente e aprendia com rapidez. Muito estudioso não era, isso é verdade, mas, s.m.j., não era motivo para perseguição por parte de alguns professores, dos quais eu guardo mágoa até hoje.
              Uma noite você me contou que determinado Professor havia dito que por mais que estudasse não seria aprovado na matéria dele e aconteceu que você foi reprovado na dita matéria. Precisava de uma nota quatro para ser aprovado na recuperação. Não fui falar com o Professor e deixei-o de castigo até que realizasse a prova e você levou por capricho e decorou o livro, literalmente, da capa à contra-capa e eu mesma me dei ao trabalho de inquiri-lo sobre o assunto e você sabia tudo sobre a matéria.
              No dia da prova deixei-o no Colégio e fui trabalhar, recomendando-lhe que logo que terminasse o teste você me contasse o resultado.
              No trabalho, passei mal e fui levada à enfermaria para tomar soro. Estava cochilando quando você chegou. Havia lágrimas nos seus olhos e logo compreendi o que acontecera.
-          Foi reprovado? Quais foram as perguntas? O que você errou?
-        Eu não errei. Acertei todas as respostas, mas o Professor riu e me disse: Não prometi que você não seria aprovado na minha matéria? Pois é, você precisava de quatro e tirou três e meio.
            Enlouqueci. Chamei a enfermeira e pedi-lhe que tirasse o soro do meu braço, mas ela se recusou e eu mesma o arranquei. Peguei a chave do carro e fui com você ao Colégio.
            Encontrei o Professor na sala, corrigindo as provas e pedi para ver a sua e ele, todo empoado,  me respondeu que não mostrava. Você estava reprovado e ponto final.
              Discutimos e eu lhe disse que iria às últimas conseqüências, mas haveria de ver a sua prova. Nem sei o que quis dizer com  “últimas conseqüências”, mas a zoada foi tão grande que acorreram não só todos os professores, mas até a Irmã Superiora.
             Contei-lhes o que estava acontecendo. Nunca procurei Colégio para pedir nota  para meus filhos, mas injustiça, isto eu não admitiria e o Professor, arrotando grandeza: Tudo bem, tudo bem, vou lhe dar uma nota quatro e ele estará aprovado.
                   - Mas, de jeito nenhum. Quero ver a prova e se estiver faltando uma vírgula, pode reprová-lo, mas você vai lhe dar a nota que merecer.
             E ele, danado da vida, mostrou a prova e como não havia uma só vírgula fora do lugar, deu-lhe a nota máxima: 10!
              Voltei ao Posto Médico, deitei-me na cama e chamei a Enfermeira: Coloque o soro, minha filha.
              Outra vez, você chegou em casa, com a estória tão minha conhecida: estou suspenso. Meu Deus do Céu, o que foi agora? E você:
                   - Foi uma brincadeira. As meninas estavam fazendo ginástica e eu joguei  uma cobra de brinquedo  e ainda tem  menina correndo...
            Você não tinha razão e além de acatar a suspensão, ainda apliquei-lhe um castigo em casa.
              Às vezes você me dizia: A senhora me defende na rua, mas me castiga em casa. Era isso mesmo, eu o aplaudia quando você acertava, mas punia-o quando merecia. É assim o amor.
              Quando você completou treze anos, junto com o seu presente eu lhe escrevi uma carta e você me respondeu. Mantivemos essa correspondência por três anos, mas muito antes disso eu já lhe escrevia e a primeira vez você tinha quatro anos.  Eu lhe dei um velocípede de
 presente e  lhe falei sobre os perigos das estradas, chamando-lhe a atenção sobre direção perigosa, sinais de trânsito, essas coisas.
              Aos três anos de idade você foi para a Escola. Já sabia ler e escrevia umas coisinhas, porque em casa estudávamos juntos, mas, por mais que eu lhe dissesse que na Escola era para ficar sentadinho, você não conseguia e logo cedo começaram os enredos e um dia você chegou em casa chorando e me contou que ficou de castigo, sem lanchar, porque não conseguia ficar quietinho como a Professora queria. Não gostei. Como é que se podia castigar um cristão com três anos de idade, privando-o do lanche? Você nem tomava café em casa, pelo simples prazer de lanchar na escola. Que ficasse sem recreio, vá lá que seja, mas sem lanchar?
              Aproveitando a oportunidade eu lhe falei sobre a vida, dizendo-lhe que o mundo está cheio de injustiças e a gente tem que aprender a conviver com o bem e o mal. As pessoas lutam para conquistar um lugar ao sol, sem se preocupar com a esteira de lágrimas que espalham ao seu redor. Você é muito novinho e ainda não compreende o mundo em que vive, mas aqui vai um conselho: Não chore por besteira. Uma professora incompreensível não merece as suas lágrimas. Você é feliz porque eu o amo. Você é feliz porque mesmo tendo nascido numa família pobre, nunca lhe faltou o que comer. Pense, meu filho, naquelas crianças que não têm pão para saciar-lhes a fome. Não têm um teto para lhes abrigar da chuva e do sol. Não têm um cobertor para lhe agasalhar o corpo, uma mãe para  lhes contar histórias e lhe acalentar o sono. Não têm uma professora, mesmo injusta, porque não podem pagar um Colégio. Veja,  meu  filho, como   você  é feliz. Por que chorar? Nunca mais quero ver lágrimas nos seus olhos.
              Aos dois anos de idade você arranjou um amigo e me deixou muito assustada porque só você o via. Ele se chamava Jocombo. Que nome esquisito! Ele passou a viver conosco e nos acompanhava a todos os lugares. Um dia Jocombo caiu e quebrou o braço. Deus sabe como foi difícil engessar o braço de alguém que só existia na sua imaginação, mas eu o fiz.
              Você estava com quatro anos e fomos à rua fazer compras e um garotinho pediu-me uma esmola, mas eu estava apressada e continuei o meu caminho, mas você me puxou pela  mão e me pediu dinheiro emprestado para dar ao menino e me pagaria com o dinheiro do seu cofre. E em casa eu lhe disse:
                   - Sabe, meu filho, fiquei feliz com a sua ação, preocupado com a miséria humana. Você há de encontrar pela vida afora muitos meninos como aquele, vivendo de migalhas. Migalhas de pão, migalhas de carinho, migalhas de amor. Nunca desperdice a oportunidade de fazer o bem. “Quem dá aos pobres empresta a Deus” e quando Ele nos devolve é sempre com acréscimo. Divida o seu pão e nunca faltará comida na sua mesa. Quem sabe aquele menino tem um pai desempregado, uma mãe doente! Qual será o seu futuro? Dificilmente será um doutor.  A  sociedade  que   o  marginaliza,   transformá-lo-á,   com   certeza,      num   delinqüente e, a tudo indiferente, seguirá o seu caminho, como se não fosse responsável pelas misérias humanas.
De repente comecei a chamá-lo de Zezé, por causa do “Meu Pé de Laranja Lima”, o livro de José Mauro Vasconcelos. Só não lhe falei do Mangaratiba, o  trem assassino, que matando Manuel Valadares, matou o coração de Zezé e a sua infância.
Certa vez levei-o ao Cemitério, no Dia de Finados. Triste lei, até os mortos têm o seu dia e eu lhe disse:
           - Sabe, meu filho, aqui é a Mansão dos Mortos,  para onde todos iremos um dia, em busca de outras plagas. É um lugar de respeito. Não o profanes com o riso dos que não compreendem a grandeza de Deus. Aqui se dorme o sono  dos escolhidos, não há distinção de cor, de credo ou de partido político. Aqui repousarão o doutor e o carpinteiro, o pobre, o rico, o ladrão e o assassino, o plebeu e o nobre. São todos iguais perante Deus e serão julgados no mesmo Tribunal. Não sabemos o que nos espera no outro lado, mas supomos que na morada de Deus só há paz e amor e estaremos livres da maldade do mundo, da calúnia, da maledicência, da inveja. Na esperança de uma vida eterna, há a certeza da ressurreição.
              Quando completou cinco anos, levei-o à Cadeia Pública. É  que eu havia dado um curso de Relações Humanas para os presidiários e no encerramento organizei uma festinha com bolo confeitado, salgadinhos e refrigerantes e consegui permissão para que os presos ficassem no pátio da prisão.
              Você, na sua precocidade, quis saber por que aqueles homens estavam presos e eu lhe disse que mereciam toda a nossa compaixão, mas eram ladrões e assassinos que a sociedade puniu, privando-os da liberdade. Expliquei-lhe que não nasceram maus, foi a própria sociedade que os induziu a isso. Ninguém nasce predestinado a ser bom ou ruim. Às vezes é a fome, um pedaço de pão que lhe é negado por essa mesma sociedade que se arvora em Juiz. Um dia você vai ler “Os Miseráveis” de Victor Hugo e vai compreender melhor o que estou tentando lhe dizer. Na verdade, somos todos responsáveis pelos    “ João
  Valjean “ que criamos, mas o que acontece é que cruzamos os braços e alegamos que não é da nossa conta.
            O tempo passou, meu filho. Aos 16 anos, nada havia mudado. O nosso amor era o mesmo e você foi um adolescente igual a todos os outros, a diferença é que você tinha fome e sede de saber e com tão tenra idade publicou o seu primeiro livro de poemas e preparou mais dois para ser editado e eu vivia nas nuvens achando que o mundo era só meu. Diziam os gregos que quando se amava muito um ser humano, os deuses ciumentos arrebatavam o objeto desse amor e o levavam para o Olimpo. Pois é, isso também aconteceu comigo porque eu amei você acima da razão  e, desde então o meu sonho tornou-se um
                                                
                                                           PESADELO

                          Estavas no caixão sereno e lindo
                          Aureolada a fronte, o olhar incerto
                          Estranho leito de flores coberto
                          Mais parecias um anjo dormindo.

                                     Fiquei ali o teu sono a embalar
                                     Naquele doce “dorme-dorme, filhinho”
                                     Eu cantava pra você, Geraldinho
                                     Uma doce canção de ninar.

                      De repente, a dor, a saudade, a revolta
                      Esqueci a canção de ninar
                      Cantei o amor, esqueci de  rezar     
                       E fiquei a esperar tua volta

                                     E me lembrei do porquê da revolta
                                     Da minha dor e também da saudade
                                     É que estando na eternidade
                                     Nem mesmo Deus pode me dar você de volta.
   
                                                                 Guarabira, 25 de agosto de 2011

                                                            MARISA ALVERGA

terça-feira, 16 de agosto de 2011


O ESPETÁCULO DA VIDA - AUGUSTO CURY

"Que você seja um grande empreendedor.
Quando empreender, não tenha medo de falhar.
Quando falhar, não tenha receio de chorar.
Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue.
Dê sempre uma nova chance para si mesmo.
Encontre um oásis em seu deserto.
Os perdedores vêem os raios.
Os vencedores vêem a chuva e a oportunidade de cultivar.
Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos.
Os vencedores começam tudo de novo.
Saiba que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo.
Não seja escravo dos seus pensamentos negativos.
Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção.
O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha.
Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.
Sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo.
Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida.
Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão.
Ninguém é igual a você no palco da vida.
Você é um ser humano insubstituível.
Por isso desejo que você jamais desista das pessoas que ama.
Jamais desista de ser feliz.
Lute sempre pelos seus sonhos.
Seja profundamente apaixonado pela vida.
Pois a vida é um espetáculo imperdível."
Augusto Cury -Psiquiatra
LIVRO:"Revolucione sua qualidade de vida -
Navegando nas águas da emoção"

Postado por Marisa Alverga

domingo, 14 de agosto de 2011

OBRIGADA, MEU PAI

Ao meu pai João Bezerra (in memorian)


            No silêncio das noites, eu me encontro com você. Falamos de tudo: da dor, da vida, do amor e do perdão, da traição e do traidor.
            Você me alerta sobre os falsos amigos, quanto ao perigo a que nos expomos quando lhes confiamos os nossos segredos, falamos dos nossos planos, das nossas  idéias, dos nossos ideais e até das nossas esperanças! É bom nos resguardarmos um pouco, você enfatiza.
            Quando estou triste, você me mostra a Natureza, os rios, os mares, o riacho que canta, as florestas, as flores nos jardins, a beleza do céu, das nuvens, do firmamento, da lua, do sol e das estrelas!
            Se a saudade me invade, você me leva ao Olimpo e eu me embeveço com a paz do pessegueiro em flor, embalando a humanidade na voz das Musas.
            Estando alegre você me conta  do Parnaso, me fala de meu filho, que faz dueto com Castro Alves e Álvares de Azevedo, e me seca as lágrimas teimosas que umedecem a saudade de meu filho!
            E entre uma saudade e uma lembrança, você me fala de caráter, de dignidade e me alerta sobre o perigo da calúnia, da inveja, da vingança e enaltece o perdão. Você me lembra que liberdade rima com responsabilidade  e que “a indulgência faz parte da justiça”.
            Sobre o patriotismo você não me deixa esquecer que o Brasil começa aqui, na minha calçada, na minha casa, na minha cidade, na minha  Paraíba de Augusto dos Anjos, enfatizando que o amor à Pátria nada tem a ver com “ mensalões ou mensalinhos, com dinheiro na cueca, gordas propinas, dólares em maletas” ou similares, citando o poeta: Certo ou errado, é o meu país”!
            Herança você me deixou, sim, quando me matriculou na escola da vida, ensinando-me que ao sol ou sem ele, eu teria que conquistar o meu lugar no mundo, sem que para isso fosse preciso pisar o meu irmão.
            Que pena, meu pai! Não conheci seu corpo, só a sua alma me foi mostrada! E eu o amei além do tempo e  além da vida.
            Obrigada, meu pai, pelas lições de civismo, de dignidade, de cidadania que você me deu com o seu exemplo.
            A/Deus, meu pai. Até um dia! Quando? Sabe Deus!

                                   Marisa Alverga


RESTOS MORTAIS
A meu pai João Bezerra ( in memorian)

Restos mortais...
Sombras de um corpo
Gasto pela vida
Que retorna ao pó
Para nunca mais...
Sem nome,
Sem rosto,
Sem presente,
Sem passado...
Como futuro
A vida eterna,
O respeito dos vivos
E nada mais.
Um dia serei também
Como tu, meu pai,
... Restos mortais.

Marisa Alverga

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quero Voltar a Confiar



- Arnando Jabor
29/11/09

Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “ temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.
Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?... Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

Postado por  MARISA ALVERGA

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CHICO NETO EM "A LIGA" DA BAND

A pedido da poetisa guarabirense, Marisa Alverga, assisti na noite desta terça-feira (9), ao programa "A Liga", da Band. O referido programa mostrou a realidade de alguns moradores e ex-moradores de ruas, a exemplo de um paraibano: Chico Neto, o qual viveu por quatro anos nas ruas de São Paulo.
Segundo Marisa, Chico já esteve aqui em Guarabira (PB), sendo entrevistado por ela numa das rádios locais. Gostei dos depoimentos dele e dos demais entrevistados; merecem elogios pelos exemplos de superação.
"A Liga", pelo que percebi, é um programa diferente, retratando bem os temas propostos. O tema desta terça foi: "Saindo da rua". Confira um vídeo, com trechos do depoimento de Chico Neto.

André Filho, especial para o "Sem Fronteiras"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

INIMIGOS OCULTOS


Sofre de reumatismo,
Quem percorre os caminhos tortuosos;
Quem se destina aos escombros da tristeza;
Quem vive tropeçando no egoísmo.

Sofre de artrite,
Quem jamais abre mão;
Quem sempre aponta os defeitos dos outros;
Quem nunca oferece uma rosa.

Sofre de bursite,
Quem não oferta seu ombro amigo;
Quem retesa, permanentemente, os músculos.
Quem cuida, excessivamente, das questões alheias.

Sofre da coluna,
Quem nunca se curva diante da vida;
Quem carrega o mundo nas costas;
Quem não anda com retidão.

Sofre dos rins,
Quem tem medo de enfrentar problemas;
Quem não filtra seus ideais;
Quem não separa o joio do trigo.

Sofre de gastrite,
Quem vive de paixões avassaladoras;
Quem costuma agir na emoção;
Quem reage somente com impulsos;
Quem sempre chora o leite derramado.

Sofre de prisão de ventre,
Quem aprisiona seus sentidos;
Quem detém suas mágoas;
Quem endurece em demasia.

Sofre dos pulmões,
Quem se intoxica de raiva e de ódio;
Quem sufoca, permanentemente, os outros;
Quem não respira aliviado pelo dever cumprido;
Quem não muda de ares;
Quem não expele os maus fluidos.

Sofre do coração,
Quem guarda ressentimentos;
Quem vive do passado;
Quem não segue as batidas do tempo;
Quem não se ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.

Sofre da garganta;
Quem fala mal dos outros;
Quem vocifera;
Quem não solta o verbo
Quem repudia;
Quem omite;
Quem usa sua espada afiada para ferir outrem;
Quem subjuga;
Quem reclama o tempo todo;
Quem não fala com Deus.

Sofre do ouvido,
Quem prejulga os atos dos outros;
Quem não se escuta;
Quem costuma escutar a conversa dos outros;
Quem ensurdece ao chamado divino.

Sofre dos olhos,
Quem não se enxerga;
Quem distorce os fatos;
Quem não amplia sua visão;
Quem vê tudo em duplo sentido;
Quem não quer ver.

Sofre de distúrbios da mente,
Quem mente para si mesmo;
Quem não tem o mínimo de lucidez;
Quem preza a inconsciência;
Quem menospreza a intuição;
Quem não vigia seus pensamentos;
Quem embota seu canal com a Criação;
Quem não se volta para o Universo;
Quem vive no mundo da lua;
Quem não pensa na vida;
Quem vive sonhando;
Quem se ilude;
Quem alimenta a ilusão dos outros;
Quem mascara a realidade;
Quem não areja a cabeça;
Quem tem cabeça de vento.

Causa e efeito.
Ação e reação.
Tudo está intrinsecamente ligado.
Tudo se conecta o tempo todo.
E assim ,sucessivamente, passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo.
Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas!
Assim como o nosso maior inimigo é aquele que está oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de nós mesmos.

- MAURICIO SANTINI -

Postado por MARISA ALVERGA